O jornalista Júlio Ribeiro (foto ao lado), presidente do Clube de Opinião do RS, disse ainda há pouco que põe a mão no fogo pelo jornalista Marcos Martinelli, ex-RBS, prestando serviços atualmente à Fundação Ulysses Guimarães, PMDB, investigado no âmbito da Operação Lava Jato, desfechada hoje pela Polícia Federal. Casa de Martinelli foi invadida pela PF, que levou de lá um notebook. Esta tarde, o jornalista postou a seguinte carta no seu Facebook:
Caros amigos,
Prá começar, não estou comprando nem vendendo dólares e,
infelizmente, não tenho conta no exterior. Estou trabalhando em Roraima
(contribuo para o INSS há 40 anos e preciso trabalhar para pagar contas)e a PF
foi ao meu apartamento (único que tenho, vizinho do Daniel Scola) para executar
um mandato de busca e apreensão. Pra começar, O MANDATO ESTAVA EM NOME DE OUTRA
PESSOA, que não cito para não complicar também a vida dela que, certamente,
também nada tem a ver com os bilhões que a tal operação se refere. Mas quem
quiser checar é só procurar os autos.
Mas este "erro"é pra outro momento. Foco no que
aconteceu em termos práticos: mesmo sem mandato em meu nome, minha esposa
deixou a equipe de quatro policiais federais entrar.
Vasculharam tudo, reviraram e nada encontraram, claro,
pois nada de errado tinha. Dentro do trabalho de praxe, levaram documentos e
meu computador para verificação. Certamente nada encontrarão que me leve a
fazer parte do tal complô bilionário.
Como consultor de marketing e gestão de crise para
empresas e partidos, tenho contatos no Brasil inteiro. Sem eles, não consigo
trabalhos. Um dos últimos trabalhos que ainda realizo é para a honrada Fundação
Ulysses Guimarães, realizando palestras em todas as regiões do Brasil, a
próxima no Rio e, na outra semana, em POA.
Até agora não recebi contato da polícia federal, que
certamente tem meu telefone. Não me escondo de nada, nem de ninguém. Quem me
conhece, sabe disto. Como jornalista há quatro décadas, sempre fui contra ações
"espetacularizantes" que, certamente, poderiam apurar antes com maior
eficiência e, divulgar, depois. Mas sabemos como as ações de mídia são
importantes.
Assim que souber o que realmente está acontecendo informo
meus amigos. Ainda estou surpreso com tudo isto. Imaginem-se no meu lugar. Mas
não perco o humor e antecipo: não adianta pedir ou querer me vender dólares,
não trabalho com este tipo de mercado... Ah, também - infelizmente - não tenho
contas no exterior, só no velho Banrisul e no Itaú, devidamente registradas no
meu imposto de renda, bem como os impostos que pago regularmente, em dia.
Volto ao trabalho, desejando que o dia de vocês seja
menos tumultuado que o meu.
Abraços e obrigado pela solidariedade de quem me conhece,
que é o que importa.
13 comentários:
Poderia começar corrigindo o português. Mandado e não mandato. É por estas e outras que a "imprensa" no Brasil está nesta petição de miséria. Se um jornalista, com 40 anos de profissão, segundo ele mesmo, comete estes erros, não há o que cobrar dos egresos das faculdades de jornalismo.
Quem leu o livro do Tuma vai entender o que está acontecendo...
Todo jornalista é honesto.
Lembrem-se do que escreveu o Romeu Tuma Jr.: Assassinato de Reputações. No caso, o mandado não podia ser cumprido, se é como diz o jornalista, por o nome que constava não era o dele. É assim que são montadas as "operações", que depois dão em nada. Tuma diz que nem existem, nos termos da lei. Sugiro ouví-lo a respeito disso.
O governo do PT quando anda meio enrolado, inventa descoberta de petróleo ou arma uma operação policial com apoio da mídia. A história é velha. No governo da Yeda era praxe.
Depois do mensalão este tipo de operação não comove mais os brasileiros.
Prezado Jornalista: é mandado e não mandato.
Deixa eu ver se entendi... A Dilma tá brigada com o PMDB e o jornalista trabalha para o PMDB... Acho que entendi tudo !!
Talvez por ter escrito o texto com raiva, estressado ( que não estaria? ), cometeu um erro, normalmente, indesculpável para um jornalista: mandato é para políticos; no caso, é mandado.
J. Paulo / Taquari
Este "modus operandi" quem leu o livro de Romeu Tuma Junior passou a conhecer muito bem.
Os Petralhas sempre tem método e estratégia em suas ações, mas como são tremendamente incompetentes, sempre deixam uma das PontTas desamarradas deixando rastros de suas falcatruas.
O tempo e línguas que se soltam cm este nos mostrarão os motivos e o porquê dos alvos escolhidos pela nova GESTAPO que entra novamente em ação.
Prezados Jornalistas, não se alarmem
pois isso vai piorar com o Estado comunista que o PT está implantando bem devagarinho nas barbas da sociedade e do judiciário
Esta operação está me parecendo mais uma ação do "modus operandi" Petralha para assassinar reputação! Se não tinha ninguém ligado ao PT na lista da PF, não é uma operação séria realmente pegar envolvidos em lavagem de dinheiro sujo.
O jornalista pelo menos tem voz ativa para denunciar as barbaridades da PF. E o que resta para os simples mortais vitimas da policia que adora as cameras. Policia que quer fazer propaganda quando não quer perseguir adversários políticos. Na prática estas espetaculares operações tem resultado NULO. A PF é boa mesmo em dar nome para as operações!!!!
O Assassinato de reputações está em plena ação sob a guarda pretoriana do sinistro da justiça, aquele petralha paulista.
Deve ser para a tal poupança fraternal essa ação da PF (que está engavetada no congresso). Pior de tudo é que vão dizer que se enganaram e o estrago está feito.
Cuidado Martinelli, aqui é comum fazer mil virar um milhão, vide caso Ibsen Pinheiro.
Os bilhões do JBS do Lulinha a PF parece cobra cega, não vê nada!!!
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