Os ministros do STF reúnem-se esta tarde para examinar os embargos infringentes protocolados por alguns dos réus do Mensalão, entre os quais Zé Dirceu, Zé Genoíno e Delúbio Soares, todos do PT. Eles podem mudar, no máximo, o regime de cumprimento das
penas, mas não mudam a condição de presidiários dos condenados. Nos três casos, os embargos dizem respeito ao crime de formação de quadrilha. Caso os ministros voltem atrás, eles serão absolvidos deste tipo de crime, mas não dos demais pelos quais já cumprem condenações.
. A jornalista Dora Kramer, comenta desta forma o que pode acontecer no cenário político e eleitoral, em função do julgamento do Mensalão:
Estavam equivocadas as análises de que a aceitação por
parte do STF de examinar os recursos dos que tiveram mais de quatro votos pela
absolvição nos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
significava anulação de tudo o que havia sido feito anteriormente. Caso haja redução de penas e o benefício de regime mais
brando para alguns e possibilidade de progressão para liberdade condicional
mais rápida para outros, tampouco isso deve justificar gritas contra o
Tribunal. É a normalidade do processo legal. Processo este que agora está mesmo chegando ao fim. Não
obstante uma pendência aqui, outra ali.
Há a investigação do Ministério Público sobre as doações
para o pagamento das multas dos petistas junto à Justiça (um êxito realmente
esquisito diante do fracasso de um jantar para arrecadação, feito no ano
passado) e há as dúvidas sobre o uso de telefone celular por José Dirceu e
privilégios dados a Delúbio Soares dentro do presídio. As coisas já poderiam ter voltado ao normal não fosse a
insistência do PT em resistir a uma situação que está resolvida. E tão mais bem
solucionada para o partido estará se seus líderes e militantes desistirem dos
gestos inúteis de confrontar o Supremo e agredir os fatos. Como ao PSDB também não interessa levar o assunto
mensalão ao palanque devido ao processo em que é réu o ex-deputado Eduardo
Azeredo, quanto mais calmo se mantiver o PT mais distante o assunto ficará da
eleição. A menos, claro, que o ministro Joaquim Barbosa resolva,
até o dia 5 de abril, entrar no jogo eleitoral.
2 comentários:
O que vai terminar primeiro,o processo do Mensalão ou a Transposição do Rio São Francisco.Brasil que vergonha.
Nunca acreditei que esses ladrões iriam ficar muito tempo na cadeia. Neste paraíso de País - para os bandidos - nem assassino fica preso!
O importante é o registro histórico que o Barbosão fez ao mandar para o presídio, esses quadrilheiros.
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