Os navios carregam e descarregam usando apenas guindastes próprios, porque os do porto não funcionam.
Acompanhem estas reclamações das lideranças dos
portuários e da praticagem de Porto Alegre, todas relacionadas com o porto da
Capital:
1) 50% da área do porto foram entregues a grupos
estrangeiros a preços de doação, de maneira desastrada e criminosa para implementar o projeto Cais Mauá.
2) Os outros 50% que sobraram, o Cais Navegantes, não
possuem um único guindaste para carga e descarga funcionando.
3) Os R$ 18 milhões prometidos pelo governo federal, não foram usados por falta de aprovação do projeto elaborado pelo governo estadual e que deveria contemplar a sinalização náutica dos canais de acesso ao porto, não chegaram e há ameaça de interdição. Havia verba do PAC, com R$ 100 milhões para obras de desassoreamento dos seus canais de acesso, mas por falta de projetos adequados, esta verba foi perdida.
. Os dirigentes sindicais informaram ao editor que no porto de Paranaguá há inúmeras
embarcações fundeadas e sem perspectivas de pronto atendimento, tendo os
responsáveis por 12 delas mostrado interesse em operar os portos de Rio
Grande/Porto Alegre mas a falta de guindastes os desmotivou.
- Assinam a mensagem Eduardo Rech,
Coordenador da Intersindical Portuária e Diretor da Confederação Nacional dos Marítimos para
assuntos do Mercosul e Geraldo Luiz de Almeida, presidente da Praticagem do Rio
Grande do Sul.
8 comentários:
Mas e a iniciativa privada? Entra só com o bonus? Quer dizer que o Estado tem que dotar os Portos para os bonitões ganharesm dinheiro? E ainda ficam brabrinhos? Esses sindicalistas, como sempre, vivem as custas dos governos. Vão trabalhar vagabundos.
O "cais Navagantes" na verdade não é cais, e sim o chamado "Parque Náutico", para a prática de remo, canoagem, motonáutica e outros esportes que dependem da água...
Sindicalistas não sucateiam apenas o porto, contribuem decisivamente para sucatear o RS. Vejam Paulo Paim, sucateou um cargo no senado!
Que iniciativa privada? o porto é estatal. É a incomPeTência que faz o porto cada vez declinar mais.
Agora falta de guindastes deve ser só em Porto Alegre, pois em Rio Grande os terminais são graneleiros e não dependem de guindastes.
A todos os interessados, sugiro uma visita ao blog do ex-Diretor Superintendente de Portos e Hidrovias Vanderlan Vasconselos. Ali se pode ter uma visão mais completa do valor e da importância de nossa navegação interior e dos portos. Infelizmente sua ação administrativa contrariou os interesses privados de alguns personagens públicos. Por este motivo o exoneraram do cargo, assim como o então Diretor de Portos, Silvio David e eu. Felizmente, antes disso ocorrer, ele teve a oportunidade de encaminhar oficialmente denúncia aos órgãos de fiscalização estadual e federal.
Carlos César Reis de Oliveira - ex-Assessor Superior da Superintendência de Portos e Hidrovias
Tanto governo estadual quanto federal não querem nem saber do porto de POA nem dos outros portos fluviais e nem tão pouco da navegação fluvial. 99% dos investimentos portuários destinados ao RS são direcionados ao único porto marítimo existente. Por que motivos as BR 116 e BR 392(POA<->PEL<->RG) estão sendo duplicadas? Para criar um corredor de exportação baseado no modal rodoviário, ou seja, mais caminhões nas estradas, mais tráfego pesado, mais poluição, mais acidentes, mais mortes. Meu questionamento é simples: nossa produção poderia ser despachada via lagoa dos patos? Não apenas poderia como deveria. E por que não se faz? Dificuldades técnicas? Chamem os holandeses, os belgas, eles são experts em navegação fluvial, eclusas, obras hidráulicas, etc.! Inexistência de crédito? Chamem o BIRD, o BID, o BNDES! Com a palavra os governos.
Não é tão simples assim, a ponto do assunto ser tratado por leigos, ex-comissionados exonerados por absoluta incompetência, por não terem formação técnica, nem experiência profissional:
1 - Por que os empresários (operadores portuários) não adquirem guindastes para as operações de carga e descarga no porto de POA, que são operações privadas? O poder público não deveria ter nenhum guindaste para tais operações, pois os empresários usam, quebram e entregam para a SPH (autarquia estadual) consertar; depois começa tudo de novo;
2 - Não dá para acreditar em promessa da Secretaria Especial de Portos, comandada por um deputado federal, ex-prefeito de Sobral/CE (onde não existe porto, nem hidrovias), José Leônidas de Menezes Cristino (PSB), afilhado da clã dos irmãos Gomes. Ele é engenheiro, mas exerceu a profissão por pouco tempo, tornou-se um político profissional;
3 - Se existissem navios em Paranaguá, interessados em descarregar cargas em Rio Grande, por exemplo, eles já teriam feito isso, pois Rio Grande tem infraestrutura melhor que Paranaguá, e guindastes à vontade ... Mas o transporte não é uma coisa tão simples assim (tem que ter carga de retorno, além de Rio Grande implicar numa perna adicional de 946 milhas (quase 1750 quilômetros). Além disso, o porto de Imbituba seria uma alternativa muito mais viável. Os conferentes (portuários) pouco sabem de transportes, nem é assunto da sua profissão (por isso deviam ser mais cuidadosos ...);
4 - O estudo de viabilidade técnica para aprofundamento dos canais de navegação, que não são canais de acesso vinculados ao porto da Capital (é um terminal que movimenta muito pouco ....) foi feito (fui eu que fiz), mas o estudo de viabilidade econômica (vale a pena fazer? Entendo que não é viável), ficou a cargo para dos empresários (operadores) e dos portuários. Até hoje não foi feito, e o governo federal não libera grana para projetos sem estudo de viabilidade econômica, e nisso tem toda razão;
5 - O discurso dos portuários continua o mesmo, parou no tempo, da mesma forma que o porto de Porto Alegre;
6 - O discurso do ex-superintendente da SPH, Vanderlan Vasconcelos (PSB), hoje pendurado num cargo em comissão da Assembléia Legislativa, também não mudou - não aceita a exoneração proposta por seu próprio partido (Beto Albuquerque).
O "ex-assessor" de portos e hidrovias, Carlos César Reis de Oliveira, tem licenciatura em história; vale dizer, está qualificado para dar aulas de história no ensino fundamental e, talvez, no ensino médio, desde que consiga passar em algum concurso para o magistério (o que ainda não ocorreu). Na SPH ele tirava fotos ...
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