. No acumulado de 12 meses até março, o indicador acumula
alta de 6,16% e, no ano, de 2,07%. O índice de março ficou dentro do intervalo
das previsões apuradas, que iam de 0,65% a 0,87%, mas levemente abaixo da
mediana projetada, de 0,73%.
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Um comentário:
A hiperinflação do Estadão:
O Estadão tem dois ótimos colunistas econômicos, Celso Ming e José Paulo Kupfer; dois editorialistas econômicos de peso, Rolf Kunt e Marco Antonio Rocha. E, em geral, uma cobertura sóbria dos temas econômicos.
Por tudo isso, é incompreensível a primeira página de hoje. Nem se diga o "furo" de que a inflação foi maior para as classes de menor renda - consumidores de menor renda gastam um percentual maior da renda com alimentos, logo é óbvio que sejam os mais afetados por uma inflação de alimentos.
O que causou pasmo foi a chamada, na nobílissima primeira página do jornal, de que "os consumidores já adotam táticas da época da hiperinflação (...) como substituir marcas e produtos".
De onde tirou isso? A própria chamada menciona inflação de 6,5% ao ano e diz que, com a redução da pressão dos alimentos, a tendência é de queda!
Substituir marcas e produtos é comportamento típico de economias estabilizadas, nas quais os preços das diversas marcas se estabilizam em seus respectivos níveis. Tanto assim que a própria metodologia de cálculo da inflação prevê o efeito-substituição.
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