Artigo - Os papéis da Era Dirceu

* Clipping O Estado de S. Paulo

A importância dos documentos publicados anteontem por este jornal sobre a atuação do então ministro da Casa Civil do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, José Dirceu, de janeiro de 2003 a junho de 2005, consiste em que atestam a amplitude do seu envolvimento com assuntos e protagonistas partidários. Isso, sem falar no que revelam do poderio do "capitão do time", como o chamava seu chefe, para além das atribuições inerentes ao cargo na coordenação da máquina administrativa e participação nas decisões estratégicas do governo. ...

E a importância desse percurso pelos bastidores da Era Dirceu no Palácio do Planalto - tornado possível graças à Lei de Acesso à Informação a que recorreu a repórter Alana Rizzo - consiste no fato de desembocar na corroboração dos indícios veementes de que o ex-presidente do PT, muito diferentemente do que alega, não se distanciou dos interesses do partido à sombra do governo. Tais interesses, como é notório, estão na gênese do mensalão, a esbórnia financeira que servia para aglutinar a heterogênea aliança partidária em torno do presidente Lula - a qual, por sua vez, se destinava a assegurar a perpetuação do poder petista.

A defesa do ex-ministro e deputado cassado José Dirceu, o primeiro entre os seus 35 pares para quem a Procuradoria-Geral da União pediu a condenação ao Supremo Tribunal Federal (STF) por um rosário de crimes, alega que não há nos autos "uma única testemunha que sustentasse a acusação" contra o réu, tido pelo Ministério Público como a figura central do "maior escândalo de corrupção do Brasil".

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6 comentários:

Mario Rangel disse...

Ah! Deu no "Estadão"... dos Mesquita... tá bom...

O mesmo jornal que se locupletou com a Ditadura, apoiador incondicional do PSDB e do Serra?

Tá bom...

Pensem bem, sem ideologismos...

O Dirceu é a pedra no sapato da direitalha. Claro que ele sempre articulou, óbvio, é do partido do governo, queriam o quê? Que ele ficasse paradinho?

Para que serve um Chefe da Casa Civil? para isso ARTICULAR!!!!

vejam a bobagem do Estadão:

"se destinava a assegurar a perpetuação do poder petista" diz o jornalão... mas ele não está no governo e o PT está lá, DOZE ANOS NO PODER, E, se continuar assim, vai a 16.

É isso que a elite paulista não engole, estão sempre querendo dar o golpe. Como fizeram com o Vargas (que não é o boçal do Luiz) e com o Jango.

E o pior de tudo, o que o PIG e a elite terá de se resignar é que, segundo a própria acusação, não tem nada que o incrimine, nada...

A coisa já esteve melhor para a oposição e prá direitalha, ...

Podem me xingar, me divirto muiiitttooo com vocês.

Anônimo disse...

Onde estava o Mario Rangel nesta época?

Anônimo disse...

O ministro-revisor Ricardo Lewandowski diverge do ministro-relator Joaquim Barbosa e pede absolvição do ex-presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha. Foto: Fellipe Sampaio (Banco do Imagem do STF)

Ricardo Lewandowski afirma que a maior parte dos R$ 10,9 milhões repassados pela Câmara à agencia de Marcos Valério e sócios foi destinado ao pagamento de publicidade veiculada pela mídia. E provoca: se a corte entender que houve subcontratação ilegal de serviços, como propõe a defesa, terá que pedir ressarcimento dos R$ 7 milhões pagos aos veículos de comunicação do país. Os advogados presentes à corte acreditam que o voto de Lewandowski muda a perspectiva do julgamento.
Najla Passos, em Carta MaiorBrasília – O revisor do processo do “mensalão”, ministro Ricardo Lewandowski, inocentou o ex-presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), candidato à prefeitura de Osasco nas eleições deste ano, de todas as quatro acusações que pesavam contra ele: uma de corrupção ativa, duas de peculato e outra de lavagem de dinheiro. O voto foi comemorado pela maioria dos advogados presentes à sessão, que o consideraram uma reviravolta no processo que, até então, vinha corroborando com todas as acusações da defesa.
O ponto mais polêmico foi a interpretação de que João Paulo Cunha não cometeu peculato ao permitir a subcontratação de serviços pela agência SMP&B, de Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach. Enquanto a defesa sustenta que a empresa subcontratou, irregularmente, 99,9% dos serviços prestados, o revisor afirma, com base em parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) e lauda da Polícia Federal (PF), que o percentual real foi de 88,62%, o que atende aos padrões convencionais do serviço.

O ministro comprovou que, dos R$ 10,9 milhões movimentados pela SMP&B, cerca de R$ 7 milhões foram destinados à mídia, para o pagamento de propaganda veiculada. “Se essa corte entender que o percentual de subcontratação foi de 99,9%, terá que pedir ressarcimento dos R$ 7 milhões recebidos de boa fé pelos veículos de comunicação do país”, provocou.

Segundo relação apresentada pelo ministro, a TV Globo foi a campeã em recebimento de verbas públicas para publicidade (R$ 2,7 milhões), seguida pelo SBT (R$ 708 mil) e pela Record (R$ 418 mil). Entre os impressos, o Grupo Abril, que edita a revista Veja, foi quem mais lucrou (R$ 326 mil), seguido pelo Grupo Estado (R$ 247 mil) e pelo Grupo Folha (R$ 247 mil). A fundação Vitor Civita, do Grupo Abril, recebeu outros R$ 66 mil.

Cláudio M. Bortowski disse...

A presença de Dias Tóffoli,
como juiz do mensalão e juiz do mentor da corrupção
congressual no âmbito da Câmara dos Deputados,José Dirceu,
seu ex-chefe na Casa Civil
no governo Lula,onde ambos
eram então servidores públicos
e ainda tendo Dirceu como seu constituinte
em três processos posteriores
à saída de ambos
do governo,é um escárnio,um escândalo. Emblemática.
A PGR,por seu titular,naõ pediu,
o pleno do STF e o Senado Federal
lavaram as mãos e não lhe impediram a participação
no julgamento.
Ele, igualmente não se deu por impedido ou contrangido.
Como esperas que se
faça imperar a verdade, a ética
e a justiça isenta e verdadeira,Políbio?
Uma verdadeira casta
político-administrativa-gerencial, legislativa
e judicial, fruto de uma aliança
espúria
domina o Brasil "democrático e republicano" de hoje.
E não pretende largar o filé ainda que ele esteja fedendo
de podre pelo mal que já nos causaram.

Anônimo disse...

O Mario Rangel só aceita as noticias divulgadas pelo PHA e pelos seus companheiros do JEG todos patrocinados pelos órgãos estatais, com dinheiro público.
Ali estão todas as verdades, sem nenhum tipo de partidarização e subserviência, né mesmo Rangel.

Anônimo disse...

Ministro Ricardo Lewandowski, em julgamento da Ação Penal 470, que criticou tentativa de pressão por parte da mídia (Fabio R. Pozzebom/ABr)

Brasília - O revisor da ação penal do chamado mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, disse hoje (24) que já esperava críticas ao seu voto de absolvição do deputado federal e ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP), na primeira divergência com o relator Joaquim Barbosa.

“O juiz não deve ter medo das críticas, porque vota ou julga de acordo com sua consciência e de acordo com as leis. Não pode se pautar pela opinião pública ou a opinião publicada”, declarou durante o intervalo de uma audiência pública do STF que trata do uso do amianto.

“O que eu creio, mais do que isso, é que eu tenho certeza de que o Brasil quer um Judiciário independente, e um juiz que não tenha medo de pressão de qualquer espécie”, completou.

Lewandowski negou um suposto mal-estar com ministro relator, Joaquim Barbosa, pela divergência quanto ao voto.

“Cada juiz tem uma visão muito particular do conjunto de provas que existem no processo. Então este contraponto entre o relator e o revisor ajudará os demais ministros a decidirem”, defendeu. “Nós, que vivemos em ambiente colegiado, nós estamos acostumados a divergir. Nós não levamos nada pessoalmente, nós defendemos teses”.

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