Fiergs e bancada de deputados federais debaterão, sexta, restrições argentinas aos produtos do RS

Será nesta sexta, 10h, o debate público que a bancada federal gaúcha e a Fiergs patrocinarão sobre as barreiras comerciais argentinas.

. É livre e grátis. Basta inscrição antecipada: fone: (61) 3215.5337 (51) 9366.1122.

. Os interesses do RS são prejudicados por uma situação extremamente favorável da balança comercial brasileira nas suas relações com a Argentina.

. No caso específico dos calçadistas gaúchos, que são os que mais abrem a boca, muitos industriais buscaram e buscam alternativas para continuar exportando para a Argentina. . Estes são os expedientes mais comuns:
Venda em reais – A venda em reais é mais recente. Ela é bem recebida, porque o governo argentino exerce controle cambial terrível.
CKD ou venda por partes – Algumas indústrias exportam calçados em CKD. É o caso da West Coast. O calçado é então montado na Argentina.
Fábricas locais – Inúmeras empresas gaúchas resolveram montar fábricas no exterior, como são os casos da Paquetá e da Grendene.
Propina – Embora os exportadores gaúchos não admitam, o fato é que quando rola propina, as exportações entram no território argentino de qualquer maneira.

. A Argentina foi o segundo maior mercado para os calçados brasileiros em 2011.  Só perde para Estados Unidos e Reino Unido. Este ano, subiu para o segundo

. Em 2010, o RS exportou US$ 43,4 milhões de calçados para a Argentina, valor muito parecido com a média anual dos anos anteriores. De qualquer modo, são números dramaticamente inferiores a 2000 e 2001, quando as exportações anuais superaram a casa dos US$ 90 milhões.

. O   governo federal tolera as retaliações argentinas porque o Brasil exporta mais do que importa da Argentina. A balança comercial brasileira foi superavitária em 2009, 2010 e 2011: US$ 1,5 bilhão, US$ 4,1 bilhões e R$ 4,3 bilhões.

. O problema maior nem é político, porque a economia brasileira é complementar à economia argentina, mas a economia gaúcha compete com a economia argentina. Os números são claríssimos.

Na foto, Cristina Kirchner. La Loca pouco se importa com os protestos dos exportadores brasileiros.

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