Deputados ocupam espaços abertos pelo imobilismo do governo gaúcho

A Assembleia do RS mal teve quorum para os discursos de homenagem aos 80 anos da Festa da Uva, Caxias do Sul, porque os deputados estaduais saíram às pressas para defender os interesses do Estado em Brasília e em Buenos Aires:

Buenos Aires - Três Deputados do PMDB, PSDB e PP (Giovani Feltes, Lucas Redecker e João Fisher), todos da região produtora de calçados, foram a Buenos Aires para conversar com autoridades argentinas. É que os argentinos bloqueiam ilegalmente, há 200 dias, o ingresso de 3,5 milhões de pares produzidos no RS, Ceará, Santa Catarina, São Paulo e Minas. O Brasil tem uma quota negociada de 15 milhões de pares para este ano e ela não foi preenchida.

Brasília - O próprio Presidente da Assembleia, Adão Villaverde, viajou em companhia de 13 deputados estaduais, visando pressionar Sarney e Marco Maia para votar de uma vez o PLS 448/11,que redistribui os royalties do petróleo. A nova configuração elevará de R$ 93 milhões para R$ 700 milhões por ano o valor que cabe ao RS. A diferença é parecida no caso dos demais Estados, fora Rio e Espírito Santo.

. A movimentação da Assembleia do RS contrasta com o imobilismo do governo de Tarso Genro, do PT, que não entra em ação para defender cara a cara essas duas demandas do Estado. O governo tem produzido factóides sucessivos, tentado faturar obras alheias e trabalhado com discursos imateriais.

- O que mais chama a atenção na discussão sobre os royalties é a total ausência dos governadores em Brasília. A exceção são os governadores Sérgio Cabral, Rio, e Renato Casagrande, do Espírito Santo, que são governadores de Estados produtores. Cabral é disparado o mais agressivo e tem conseguido ser ouvido.