Artigo - Cartão amarelo para o novo serviço de inteligência de Tarso Genro

Clipping

Sobre o caso do major Fábio Fernandes: 1) a bisbilhotice foi pública e ocorreu no dia 18 de junho de 2009,  em plena sessão da CPI do PT, ano passado (o major não foi sequer advertido, mas o sargento Rodrigues foi preso por ato igual). 2) o dinheiro será devolvido em 120 suaves prestações, sem juros e correção. O jornalista Soares sabe muito, mas ainda não contou tudo.

- No dia 19 de junho de 2009, a Rádio Gaúcha tratou o incidente da forma seguinte: 

jocimar.farina@rdgaucha.com.br
A Brigada Militar (BM) abrirá um procedimento investigatório para avaliar a conduta do major Fábio Duarte Fernandes, o que pode resultar na sua expulsão da corporação. Ele teria sido flagrado durante a sessão da CPI do Detran de segunda-feira acessando o sistema de Consultas Integradas da Secretaria de Segurança Pública com sua senha pessoal. O gesto foi interpretado pelo PSDB como um esforço para garantir informações privilegiadas para a oposição.

Cartão amarelo.
Wanderley Soares, jornal O Sul, quarta, dia 29

Não conheci meus avós. Aprendi com mamãe e papai – no meu tempo era assim o tratamento com os pais – que, bem antes de uma chinelada, como advertência, sempre diziam – “Quem avisa amigo é.” Tal sentença era o cartão amarelo da época. Por isso, volto ao tema que aqui abordei nesta semana, com mais alguns detalhes. O major da Brigada Militar Fábio Duarte Fernandes, que há cerca de oito anos exerce, com brilho, a função de cedido na bancada do PT na Assembléia Legislativa, poderá dar um salto em sua carreira (fora da Brigada). Trata-se de um policial, em desvio de função, que recebeu R$ 120 mil em diárias, sem viajar. Ele alegou ter sido um equivoco, não se sabe de quem, e, sem responder a inquérito, está devolvendo o dinheiro em suaves prestações. Digamos que foi um empréstimo informal. Fábio deveria estar distraído quando colocou a mão no dinheiro do erário. Este major está cotadíssimo para assumir a poderosa chefia de Operações da Casa Militar do governo Tarso Genro. Saliento que, antes do episódio das diárias, este mesmo oficial se envolveu no uso indevido de Consultas Integradas (espionagem) e, mesmo assim, escapou, ninguém sabe o porquê, de responder a inquérito. No entanto, um sargento da Brigada, envolvido no mesmo esquema de espionagem foi para a cadeia. O que importa é que Fábio, suspeito de araponga, é homem de confiança do governo que assume o RS em janeiro. Sigam-me.
Wander.cs@terra.com.br