Silvio Santos: "Quem pagar leva a rede SBT"

O empresário Silvio Santos atendeu ontem à noite, em sua casa, a um telefonema do jornal Folha de S.Paulo. Ele disse que, se alguém pagar o que ele deve ao FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que emprestou à sua holding dinheiro para cobrir o rombo do banco PanAmericano, pode comprar o SBT. Leia a seguir alguns trechos da entrevista:

Folha - Eu gostaria que o Senhor desse uma palavra para o público sobre tudo o que está acontecendo no banco.
Silvio Santos - Não posso porque eu assinei um termo de confidencialidade. Eu assinei um termo de conf... confidencialidade... é até difícil de falar! Não posso comentar nada. Só quem pode falar é o Fundo Garantidor de Crédito.
Folha - O Senhor se encontrou com o Lula. Falou com ele sobre isso?
Silvio Santos - Que Lula?
Folha - O presidente.
Silvio Santos - Estive com ele falando sobre o Teleton [programa que arrecada recursos para a AACD]. Ele está me devendo R$ 13 mil [risos]. Tive que dar por minha conta porque ele prometeu e não deu os R$ 13 mil [que disse que doaria].
Folha - O senhor está bem? Triste? Chateado?
Silvio Santos - Eu estou sempre bem. Você já me viu mal?
Folha - O senhor ficou surpreso com tudo o que aconteceu?
Silvio Santos - Não posso falar.
Folha - Mas o Senhor coloca o seu nome e a sua história como garantia de tudo...
Silvio Santos - É claro. A holding [do grupo Silvio Santos] só recebeu R$ 2,5 bilhões porque eu dei todos os meus bens em garantia. [A operação se realizou] Como se fosse num banco particular. Mas com banco particular seria mais difícil porque os bancos particulares não querem concorrência [do banco PanAmericano].
Folha - E o ex-superintendente do PanAmericano, Rafael Palladino?
Silvio Santos - Palladino? Que Palladino? Nunca fui ao banco. Nem sei onde é o prédio. Quando tenho dinheiro, abro uma empresa no Brasil. Aplico no mercado brasileiro. Mas não sou obrigado a ficar sabendo onde é a empresa. Eu tinha uma fazenda que era a segunda maior do Brasil, a Tamakavi, e nunca fui lá. Nem vi no mapa.
A única coisa com que me preocupo é com a televisão. Eu sou investidor. Se [o negócio] der certo, deu. Se não der certo, não deu. A TV é o meu negócio. Mesmo que não desse certo, é o meu hobby.
Agora, os outros são negócios. Eu não sou obrigado a entender de perfumaria, de banco. Eu não! Isso aí eu boto dinheiro, pago bem os profissionais e eles têm que me dar resultados. E, às vezes, falham. Desta vez, falhou.

5 comentários:

Anônimo disse...

Nesse mato (Banco Panamericano) tem coelho e com pelagem vermelha.

Anônimo disse...

Então o petismo já levou o SBT no bico!

Anônimo disse...

Muito simplista esse argumento que ele nem sabe onde fica o Banco que é dele mesmo! O sr. Sílvio Santos sempre subestimando a nossa inteligência, sempre encenando!

Anônimo disse...

Sílvio Santos é judeu, acharam mesmo que um fundo ou banco negariam dinheiro a um judeu?

Carlo Germani disse...

Caro Polibio,

Perguntar não ofende:
1)Como são vinculadas no processo
as garantias dadas por Silvio Santos? Hipoteca,bloqueio de vendas,...?
2)O que a Caixapar tem a ver com
financeira? A vocação da Caixa é
outra,como banco de fomento e não
para empréstimos (agiotagem)para consumo.
3)Qualquer estudante de contabilidade reprovaria as contas
do Panamericano.Como a auditoria da
Caixapar avalizou a "negociata"?

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