Há apenas cinco anos (início do terceiro ano do governo Rigotto), o RS ficou sabendo que em função das suas excepcionais condições de clima, terra, mão-de-obra e logística, fora escolhido pelos grandes players globais, como plataforma de produção de celulose e papel para o mundo (atividade de base florestal. Na época, Aracruz, Votorantim e StoraEnso, quase simultaneamente, anunciaram investimentos bilionários de US$ 1,2 bi cada uma. Seria apenas o começo. A crise global do ano passado interrompeu todos os planos. Aracruz e Votorantim uniram-se na Fíbria, a Fíbria vendeu o seu empreendimento do RS, e a StoraEnso voltou-se para o Uruguai. Agora é hora do recomeço.
A Celulose Riograndense, que nasceu em Guaíba, RS, como Borregaard, e agora está sob o controle do grupo chileno CMPC (faturamento de US$ 3 bi no ano passado), confirmou nesta quinta-feira ao meio dia o investimento de US$ 1,2 bilhão que o antigo controlador, a Aracruz, havia anunciado para a expansão da base florestal e do seu complexo de produção de celulose.
. O acordo é para a retomada dos investimentos na expansão industrial (a produção pulará de 453 mil pra 1,8 milhão de toneladas de celulose de fibra curta) ocorram em 2015, mas desde agora são investidos fartos recursos na ampliação da base florestal. Em 2009 e 2010 serão incorporados 20 mil novos hectares aos 213 mil hectares atuais. Este ano o grupo investirá r$ 150 milhões.
. O editor foi ouvir o presidente da Celulose Riograndense, Valter Lídio, que avisou:
- O prazo pode ser encurtado.
. Tudo vai depender do comportamento da economia e do mercado mundial, sobretudo o asiático. . Depois que se uniu à Aracruz, a VCP criou no lugar das duas a Fíbria, e foi a Fíbria quem vendeu o negócio gaúcho para a CMPC. Isto ocorreu no final do ano.
. Os preços da celulose reagiram. A cotação é de U$ 720 a tonelada. Em plena crise global, ano passado, a tonelada chegou a cair para US$ 380.
- O governo gaúcho incentivou pesadamente o empreendimento. Ele aposta nos investimentos que a empresa programou para a hidrovia do Jacuí e para o novo porto de São José do Norte (calado de 14 metros, investimento de R$ 130 milhões). Hidrovia e porto serão viabilizados com o uso previsto pela Celulose Riograndense, o que permitirá que um e outro se incorporem à malha de transporte do RS.
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