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O Estado de S. Paulo
Comingo, 10 de janeiro
Roteiro para o autoritarismo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou em dezembro um roteiro para a implantação de um regime autoritário, com redução do papel do Congresso, desqualificação do Poder Judiciário, anulação do direito de propriedade, controle governamental dos meios de comunicação e sujeição da pesquisa científica e tecnológica a critérios e limites ideológicos. Tudo isso está embutido no Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), instituído pelo Decreto nº 7.037, de 21 de dezembro - o tal decreto que, acredite quem quiser, o presidente disse que assinou sem ler. O programa, um calhamaço de 92 páginas, é um assustador arremedo de constituição. Recobre assuntos tão variados quanto a educação, os serviços de saúde, a Justiça, as condições de acesso e de preservação da propriedade, as decisões de plantio dos agricultores, a atividade legislativa, as funções da imprensa e o sentido do desenvolvimento.A apuração das violências cometidas pelos agentes do regime militar e a revogação da Lei da Anistia são apenas uma parte desse programa - a mais divulgada, até agora, por causa da reação dos comandantes militares à redação inicial do decreto. Mas o maior perigo não está nos detalhes, e sim no objetivo geral dessa manobra articulada no Palácio do Planalto: a consolidação de um populismo autoritário sustentado na relação direta entre o chefe do poder e as massas articuladas em sindicatos, comitês e outras organizações "populares".Tal como seu colega Hugo Chávez, o presidente Lula propõe a valorização de instrumentos como "lei de iniciativa popular, referendo, veto popular e plebiscito". É parte do populismo autoritário a conversão de formas excepcionais de consulta em meios normais de legislação. Usurpa-se o poder de legislar sem ter de recorrer a um golpe aberto. Da mesma forma, a multiplicação de "conselhos de direitos humanos", com ação coordenada "nas três esferas da Federação", reproduz a velha ideia de comitês populares tão cara às ditaduras.Consumada a mudança, um juiz não mais poderá simplesmente determinar a reintegração de posse de um imóvel invadido. O governo propõe "institucionalizar a utilização da mediação como ato inicial das demandas de conflitos agrários e urbanos, priorizando a realização de audiência coletiva com os envolvidos, com a presença do Ministério Público, do poder público local, órgãos públicos especializados e Polícia Militar". Em outras palavras: esqueça-se a Constituição, negue-se ao juiz o poder de garantir a propriedade e converta-se o invasor em detentor de direitos sobre o imóvel invadido.Combater essa aberração não interessa apenas a fazendeiros e proprietários. A questão essencial não é o conflito entre ruralistas e defensores da reforma agrária a qualquer custo, mas a depreciação da lei e do Judiciário tal como deve operar no Estado de Direito. Nada ficará fora do controle do assembleísmo. É parte do programa "fomentar o debate sobre a expansão de plantios de monoculturas que geram impacto no meio ambiente e na cultura dos povos e comunidades tradicionais, tais como eucalipto, cana-de-açúcar, soja", etc.A criançada ficará sujeita, nas escolas, a uma instrução sobre direitos humanos moldada segundo os interesses do regime e apresentada muito claramente no decreto. O controle sobre as mentes não poderá dispensar o comando dos meios de comunicação. Se as leis propostas forem aprovadas, o governo poderá suspender programações e cassar licenças de rádios e de televisões, quando houver "violações" de direitos humanos. Será criado um ranking nacional de veículos de comunicação, baseado em seu "comprometimento" com os direitos humanos. O governo também deverá incentivar a produção de filmes, vídeos, áudios e similares voltados para a educação sobre direitos humanos e para a reconstrução "da história recente do autoritarismo no Brasil". Será um autoritarismo cuidando da história de outro.As intenções políticas são claras, embora escritas numa linguagem abstrusa. Em todo o texto há expressões do tipo "fortalecimento dos direitos humanos como instrumento transversal das políticas públicas e de interação democrática". Essa patacoada deverá servir de bandeira na campanha da candidata petista à Presidência. Em 2002, esse era o programa do PT. Para se eleger, o candidato Lula teve de renegá-lo em sua "Carta aos brasileiros". Mas não renegou, como se vê mais uma vez, o sonho de "mudar tudo isso que está aí".
6 comentários:
Devemos exigir a anulação total, imediata, simples e pura deste decreto, ele é um câncer para uma democracia, um decreto 171, qualquer arremedo dele gerará metástase e adeus paciente. A máscara de "Lulinha paz e amor" caiu definitivamente, apareceu sua cara verdadeira, a de "Lulinha apóia o Terror". Esta história de que não leu é mais uma mentira de Lula, o pinóchio brasileiro, uma farsa de imprensa e que não passa de um proto-ditador. Já Dilma, bem, ela participou da confecção desta pornografia contra a democracia, ela já pensa como ditadora, sua maneira de falar e de ser comprovam isto. E é muito incompetente para qualquer coisa que não seja terrorismo, o resto é muita mídia. Observando a história Hitler e Mussolini começaram utilizando-se dos mesmos métodos que as esquerdas estão aplicando aqui no Brasil e estes dois resultaram em totalitarismo.1+1=2, as esquerdas negam este resultado e quem acreditar neles é burro. "O passado é a chave do presente".
E o filme, Lula - O Filho do Brasil, não se encaixa nesse roteiro? Mitificação do "Chaves" brasileiro?
DEUS QUE SE CUIDE!
DEUS QUE SE CUIDE!
Depois dessa "obra" de Lula, Deus que se cuide pois pode ter logo adiante mais um decreto desbancando DEUS, e regulando "transversalmente" a entrada nos céus,cujo passaporte deverá ter a asinatura de DILMA ET CATERVA.
É possível que TARSO queira questionar a expulsão de Lúcifer, e exigir de DEUS uma explicação e indenização,tal qual está fazendo com a a bandidagem assassina e terrorista da guerrilha da qual DILMA faz parte.
DEUS QUE SE CUIDE!
DEUS QUE SE CUIDE!
Tenho muito medo do li neste texto. E mais uma vez o PT mostra o que é, e ao que veio.
Deus tenha piedade de nós! Agora, perdoem-me pelo humor, mas faz todo o sentido aquela piada sobre os paises do mundo e seus povos. Que povinho o nosso...
Políbio,
Está cada vez mais próximo o período de pegarmos em ARMAS
contra estes facínoras.
Quem viver, verá e sofrerá!
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