Entrevista - Só vivacidade econômica recupera zona central de Porto Alegre

ENTREVISTA
Só vivacidade econômica recupera zona central de Porto Alegre
Gustavo Grisa, economista, diretor da Agência Futuro - Inteligência e Cidades

As vendas despencaram na Feira do Livro de Porto Alegre e a Bienal do Mercosul parecem atrair menos gente. O que há ?
Esses dois mega-eventos não escondem a gradativa degradação e esvaziamento do centro da cidade. Trata-se de um processo que se agrava há décadas, mesmo com ações importantes que têm sido tomadas, como o Centro Popular de Compras.
O portoalegrense tolera e convive com isto.
Mas iniciativas como o Festival do Centro Histórico, agora, neta semana, demonstram que o portoalegrense quer um Centro revitalizado.
Por que se degradam as zonas centrais das grandes cidades ?
Há falta de atividade econômica no centro da cidade em comparação com outros bairros
Mas qual seria uma solução definitiva pra o centro da cidade?
Em comparação com outras regiões, a infraestrutura do centro da cidade já está pronta. Sem uma injeção de atividade econômica “nova” na região e incentivos a novos empreendimentos, não há perspectiva de reversão do quadro.
O projeto do Cais do Porto pode ajudar a recuperar o Centro da cidade?
Com as obras do Cais do Porto saindo – e é fundamental que saiam- há um certo alento e incentivo a uma retomada de investimento e atenção ao Centro Histórico de Porto Alegre. Mas é preciso começar a planejar hoje as transformações da região para que não tenhamos apenas um Centro com passado e tradição, mas também um Centro que faça naturalmente parte do cotidiano das pessoas e empresas em sua plenitude, e de seus planos para o futuro.
(gustavo.grisa@agenciafuturo.com.br)

Um comentário:

Hugo disse...

O Fracasso da Feira do livro no quesito vendas de livros tem muito mais razões e uma delas não é porque o Centro está decadente.Os livros estavam caros,as pessoas estão sem grana pra comprar livros,a feira vem se desviando de seu objetivo central que é a divulgação da leitura e criando eventos paralelos e outras atrações que praticamente não tem a ver com livros ou com o incentivo á prática de leitura.Muitas pessoas iam na feira para comer,para ver eventos paralelos e não para dar ao menos uma olhada nos livros.Além do mais o brasileiro quando lê lê mal e pouco.Somos um dos países que menos lê aqui na América Latina.Por tudo isto acho melhor que os organizadores voltem a objetivar os livros na Feira do livro ou de novo no ano que vem vai ser o mesmo circo de horrores tanto pra livreiros como para os que gostam da tradicional forma da feira do livro.

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