Clipping de ZH de hoje: "Que se vayan los brasileños !"

A reportagem a seguir é do repórter gaúcho Rodrigo Lopes, enviado pelo jornal Zero Hora para cobrir a atual crise política em Honduras. Os relatos que faz Lopes não deixam a menor dúvida sobre o caráter aventureiro, imperialista, boçal e inaceitável do governo Lula, que rasgou todos os princípios que embasaram a política externa brasileira desde Oswaldo Aranha, cujas pedras de toque são a autodeterminação dos povos e a não intromissão nos assuntos internos dos outros Países. Na reportagem estão personagens populares - o guarda da esquina, o porteiro do hotel, o vendedor da rua - todos se queixando dos brasileños que se meteram no que não deviam. Lula, em Nova Iorque, voltou a defender sua aventura, alegando que defende a democracia em Honduras, embora não defenda a democracia em Cuba, na Líbia e no Irã, a cujos líderes está ligado de modo carnal. O editor ouviu Lula avisar: "Que crime há em defender a realização de um plebiscito ?" O que não disse o presidente é que o plebiscito defendido visava colocar em votação a proposta de reeleição. Em Honduras, a simples proposta de reeleição é crime passível de impedimento do presidente.

* Antes, leia também a nota do governo constitucional, legal, atual, de Honduras, sobre a vergonhosa intromissão brasileira:

A Secretaria das Relações Exteriores comunica à opinião nacional e internacional: 1. Que o presidente do Brasil, senhor Luiz Inácio Lula da Silva, e seu chanceler expressaram em meios de informação nas Nações Unidas que seu governo não teve conhecimento prévio da entrada do senhor José Manuel Zelaya Rosales -fugitivo da Justiça hondurenha- aos locais que o governo do Brasil ainda mantém em Tegucigalpa; 2. Que essas afirmações foram categoricamente desmentidas por seu principal beneficiário e protegido, senhor José Manuel Zelaya Rosales, que ontem declarou desde as dependências do Brasil em Tegucigalpa que “foi uma decisão pessoal e que foi consultada com o presidente Lula e com o chanceler Celso Amorim, bem como com o encarregado de negócios em Tegucigalpa”; 3. Que, à luz dessas declarações, resulta evidente a intromissão do governo do senhor Lula da Silva nos assuntos internos de Honduras; 4. Que, sendo a presença do senhor Zelaya na missão do Brasil em Tegucigalpa um ato promovido e consentido pelo governo do Brasil, recai sobre este a responsabilidade pela vida e pela segurança do senhor Zelaya e pelos danos à integridade física das pessoas e às propriedades derivadas por permitir que se converta dita missão em uma plataforma de propaganda política e concentração de pessoas armadas que ameaçam a paz e a ordem pública em Honduras."

CLIQUE na imagem acima para ler o relato do jornalista Rodrigo Lopes no jornal Zero Hora.