A partir de hoje, podem matricular-se no primeiro ano do ensino fundamental das escolas públicas estaduais, todas as crianças que completarem seis anos de idade entre 1o de abril e 31 de maio.
A Portaria 34/2020, assinada pelo secretário da Educação, regulamenta a lei do deputado Eric Lins, DEM.
A partir do ano que vem, crianças com 5 anos poderão se matricular.
7 comentários:
Este é principal problema do ensino brasileiro, pior que a metodologia do Paulo Freire.
Numa sala de aula teremos crianças com 5 anos junto com outras de 7 anos. Ocorre que as de 7 anos vão exigir mais das professoras que estarão atendendo as menores. Como reação as professoras vão falar com os pais e dizer que seus filhos são hiperativos com transtorno de atenção e vão indicar que procure ajuda de psicologos. Estas crianças vão receber remédio para ficarem quietas nas salas para não atrapalharem o aprendizados das criançinhas. Provocando todo uma cascata de problemas.
No passado só entrava no 1º ano que iria fazer 7(sete) anos naquele ano. Isto equilibrava o desenvolvimento mental das crianças facilitava o trabalho das professoras e melhorava a sociabilidade da classe.
É melhor permitir mesmo, senão logo vai fechar as escolas por falta de interesse.
Antigamente existia o jardim com 6 anos e o primeiro ano com 7 anos.
Depois criaram o pré.
Então ficou o jardim com 5 anos, o pré com 6 anos e o primeiro ano com 7 anos até a oitava série.
Depois consideraram o pré como se fosse o primeiro ano, e a oitava série, ficou sendo como o nono ano.
Então se o primeiro ano ficou aos 5 anos de idade, ficou a dúvida de que aconteceu com o jardim e o pré primeiro ano, e o que aconteceu com a oitava série ou nono ano, que seria o último ano do ensino fundamental.
Puxaram para baixo, o ensino com as crianças se formando um ano mais cedo no ensino fundamental ou aumentaram os anos do ensino fundamental, que era 8 anos, depois nove anos, e agora ficou 10 anos de ensino fundamental?
Não tá dando pra entender direito.
Estão reduzindo para justificar o ensino público para 0 a 5 anos, que deveria ser considerado apenas como período de creche. Modificaram a legislação e agora o período de 0 a 5 anos é considerado período de ensino e não apenas creche, logo o Estado tem obrigação de fornecer ensino gratuito para essa faixa etária, pois é isso que consta na Constituição. Assim os municípios estão sendo obrigados a fornecer 100% das vagas na rede pública de ensino para a faixa de 0 a 5 anos, e quando não há vagas nas "creches públicas de ensino" os municípios tem sido obrigados a pagar vagas na rede privada.
O que está ocorrendo é um desatino por construções de creches e pré escolas, construções via financiamentos, que não acabam, e ficam abandonadas pelo caminho, adendos e mais adendos, recursos e mais recursos, e as obras não terminam nunca. Tudo justificado pela necessidade constitucional do fornecimento público de vagas de 0 a 5 anos na rede pública de ensino. As empreiteiras e os políticos fazem a festa. Mais obras, e o resto da história já é sabido. Em paralelo a rede de ensino pública, os sindicatos, com mais professores no quadro, se fortalecem mais, e a fábrica de precatórios só aumenta. E os cofres públicos já esgotados, tem que bancar mais esse dispêndio. Também há uma discrepância entre a necessidade de vagas no ensino brasileiro. Há uma necessidade muito grande de vagas entre 0 e 5 anos, depois uma necessidade menor de 6 a 14 anos com o término do ensino fundamental, e uma necessidade menor ainda para os de 15 a 17 anos do ensino médio. As desistências vão ocorrendo gradualmente conforme aumenta a faixa etária. Então há necessidade de muito mais escolas de 0 a 14 anos correspondente ao ensino fundamental e menos escolas para o ensino médio, considerando o número de alunos que frequentaram o ensino fundamental e não dão continuidade nos estudos.
Nisso o Estado responsável pela maior parte do ensino médio começa a gastar menos investimento, e as prefeituras começas a gastar mais investimento na criação de mais escolas da rede de ensino fundamental, sendo que recursos públicos estão escaços de forma generalizada. Mais escolas de ensino fundamental, assim como mais postos de saúde (para desafogar os hospitais que também estão quebrados e com dívidas absurdas) estão quebrando as contas dos municípios como uma grande bola de neve, somado a ingerência dos gastos públicos e os descaminhos, os municípios estão cada vez mais endividados. Interesses a parte, o erário público está inchando e ficando desgovernado.
Coitadinhos, com a doutrina Paulo Freire, com 9 anos ainda não saberão ler e nem escrever.
Se é uma decisão certa ou errada não sei.
Mas tenho um amigo espanhol que mora há dez anos em Porto Alegre e comentou comigo que estava horrorizado porque o filho, com quatro anos, não havia aprendido a ler na escola, como na Espanha. Decerto eles estão errados e nós certos.
O "segundo ano" equivale é que equivale à antiga "primeira série". Quando criaram o ensino fundamental de 9 anos, o que fizeram foi acrescentar um ano a mais no início e não no fim. Ou seja, o "nono ano" de hoje, é a mesma "oitava série" de antes. Na prática, isso fez com que as crianças entrassem com a mesma idade de antes, mas fossem obrigadas a esperar mais um ano para começar o ensino fundamental. Assim as escolas e professores ganham tempo para justificar sua incompetência completa.
Uma criança normal e adequadamente instruída consegue ser completamente alfabetizada, sem nenhum problema, aos 5 anos de idade, e se for cognitivamente precoce, aos 4 anos. Mas isso só acontece com "ensino domiciliar". O resultado das escolas está aí, para todos verem.
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