A juíza Gabriela Hardt sentenciou a três anos e quatro meses de prisão o ex-diretor da
Petrobras Renato Duque, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
A pena era de seis anos e oito meses de detenção, mas
caiu pela metade porque o líder lulopetista aceitou delatar todo mundo.
Só não houve redução maior porque ainda falta homologar a delação, conforme diz a juíza:
- O problema maior em reconhecer a colaboração é a falta
de acordo de colaboração com o MPF. Embora a colaboração seja tardia,
tendo vindo apenas após a condenação na ação penal 5012331-04.2014.4.04.7000, e sem o acordo,
reputo necessário reconhecê-la,
assim como o fez o juiz que sentenciou os autos
5054932-88.2016.4.04.7000 (…) Sendo seu depoimento consistente com o
restante do quadro probatório, especialmente com as provas documentais produzidas
e tendo ele, o depoimento, relevância robatória para o julgamento, justifica-se
a concessão a ele de benefícios legais.
O caso se refere a pagamento de propina a Duque pela empresa Saipem S/A em troca do contrato de instalação do gasoduto submarino de interligação dos campos de Lula e Cernambi. Também foi condenado João Antônio Bernardi Filho, operador do ex-diretor de Engenharia da Petrobras.
2 comentários:
A lei que instituiu a escabrosa "delação premiada", pela qual o delinquente serve peixe grande ao MP e safa-se da cadeia impune, é de uma IMORALIDADE assustadora. É a corrupção do processo no combate à corrupção geral! Conforme o velho adágio dos cursos de Direito: "A TESTEMUNHA É A PROSTITUTA DENTRE AS PROVAS"; hoje mais do que nunca!
Pela responsabilidade que tinha no cenário nacional essa pena é muito baixa. Deixa a entender que o crime compensa porque o dinheiro da corrupção não devolveu e o tempo de prisão é pouco.
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