O inquérito da PF aberto em dezembro de 2016, teve por base denúncias feitas pelo jornal Zero Hora. Na
ocasião, a partir de algumas informações veiculadas na reportagem, a PF prendeu
quatro docentes (três da UFRGS e uma da Unisinos) e também duas servidoras da
universidade federal. Foram presos Sergio Nicolaiewsky — ex-vice reitor da
UFRGS e, na época, diretor-presidente da Fundação de Apoio da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs) —, o professor Ricardo Burg Ceccim (um
dos coordenadores do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGCol) da
Escola de Enfermagem), o professor Alcindo Ferla (também da Escola de
Enfermagem da UFRGS), a professora Simone Chaves (da Unisinos) e duas
servidoras da UFRGS. Na mesma ocasião foi alvo de condução coercitiva o médico
Hêider Aurélio Pinto, ex-secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na
Saúde do Ministério da Saúde. Exonerado do Ministério da Saúde em maio de 2016,
depois da troca de governo, Hêider continuava atuando em projetos junto à
UFRGS. Tanto Hêider quanto os que foram presos acabaram indiciados pela PF
no inquérito divulgado hoje (leia nota a seguir).
Estão nos autos do inquérito, investigações sobre 20 projetos, que envolvem um total de
R$ 99 milhões em recursos.
A Operação PhD foi a primeira realizada no estado com uso
do Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro. O laboratório permite
o cruzamento de milhares de informações e produção célere de relatórios