Editorial, Estadão - O lado social da crise

Para milhões de brasileiros, este não será um fim de ano tranquilo. E não surgem no horizonte sinais de que o começo do novo ano será melhor. A crise se acentua à medida que se estende a agonia de um governo cada vez mais impopular e paralisado por sua própria incompetência para tomar as decisões de que o país necessita. Os dados econômicos que acabam de ser divulgados compõem um cenário sombrio e deles se destaca um que dá ideia do impacto social da crise política, econômica e moral em que o governo do PT lançou o país. Nada menos do que 945.363 postos de trabalho no mercado formal – com carteira assinada e garantias trabalhistas e previdenciárias – foram fechados neste ano até o fim de novembro.

Em 12 meses, 1.527.463 trabalhadores foram demitidos, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, abastecido regularmente com informações que as empresas são obrigadas a enviar para o governo. Uma comparação com a evolução do desemprego no mês de dezembro nos últimos anos, porém, fortalece a previsão de que, neste ano, o número de demitidos de empregos formais no país chegue perto de 1,7 milhão.

Eles se juntarão aos que já tinham perdido emprego ou não o encontravam, tanto no mercado formal como no informal, e que, no trimestre encerrado em agosto, totalizavam 8,8 milhões de pessoas, segundo o levantamento mais amplo disponível sobre o mercado de trabalho no país, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, do IBGE. São as vítimas diretas da aventura populista imposta ao país nos últimos 13 anos e que agora cobra seu preço, e o faz diretamente daqueles que o PT sempre disse proteger: os trabalhadores.

A perda causada pelo desastre petista não é apenas quantitativa. É também qualitativa. O desemprego é mais acentuado na indústria de transformação, que nos 12 meses até novembro fechou 590.731 vagas. Eram vagas que requerem maior habilitação e, por isso, oferecem em média remuneração melhor. A construção civil, por sua vez, demitiu 447.728 trabalhadores, como consequência da paralisia das obras públicas e da retração do mercado imobiliário.

Consequência óbvia do corte do emprego na indústria é a redução da folha de pagamento do setor, como constata há um bom tempo a Pesquisa Industrial Mensal: Emprego e Salário do IBGE. Em outubro (último dado disponível), a folha de pagamento real da indústria era 10,3% menor do que a de um ano antes. Há 17 meses consecutivos a folha salarial real vem caindo nessa forma de comparação.

Com desemprego em alta, renda em queda, investimentos privados contidos e investimentos públicos que um governo paralisado pela ameaça do impeachment.

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2 comentários:

Anônimo disse...

Racha tucano fragmenta a direita em 2018:

Maiores lideranças tucanas se assanham para a disputa eleitoral de 2018, por verem no próximo pleito a chance real de retornar ao Planalto; mas quem será o candidato do PSDB?; com tantos postulantes (Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin), o partido poderá perder os seus dois principais líderes paulistas para outras legendas; o governador de SP acena para o PSB enquanto Serra trabalha para ser o nome do PMDB; até o senador Álvaro Dias já anunciou que deixará o PSDB com destino ao PV para ser candidato a presidente em 2018; enquanto isso, o DEM, aliado histórico dos tucanos, ensaia uma candidatura do senador Ronaldo Caiado; que consequências essa fragmentação terá para o projeto da direita? próximas pesquisas do Datafolha e Ibope deverão testar cenários; Aécio se manterá numericamente na dianteira se tiver como adversários seus companheiros de partido, além de Marina Silva e Lula?; com quantos jogadores a direita enfrentará o próximo jogo?

Xi, editor e tias do jô, lá no PSDB todos querem ser candidatos a Presidente em 2018, a única maneira que encontraram foi mudar der partido, ou seja, o Senador Alvaro "botox" Dias, vai para o PV; O Geraldo "xuxu" Alkmin, para o PSB e o José "chirico" Serra para o PMDB. E o último que sair apaga a luis....

Anônimo disse...

Políbio,

Com a Dillma no poder não há perspectiva de reversão.

Ninguém acredita mais nella e no seu governo.

O STF pode ser bolivariano, o TSE idem, Renan pode jogar o que quiser e tudo resumir-se-a na MANUTENÇÃO DA PRESIDÊNCIA E DOS 20 MIL CCs(o poder já era).

Azar da população, principalmente a baixa renda que votou no PT.

Pessoalmente, estou cag... para o que vai acontecer com a economia.

Só vou reagir caso sinta que minha liberdade individual seja mais ameaçada.

JulioK

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