"Esta Operação Lava Jato vai nos levar por mares nunca dantes navegados", disse Carlos Fernandes Santos Lima.

 Ela (a Operação Lava Jato) vai nos levar por mares nunca dantes navegados. (...) Essa investigação não pode morrer em processos intermináveis na Justiça — disse Carlos Fernandes Santos Lima.

Os valores desviados da publicidade da Caixa e do Ministério da Saúde pelo ex-deputado André Vargas (ex-PT-PR), preso nesta sexta-feira, representavam 10% do valor dos contratos, segundo a Polícia Federal. Vargas estaria envolvido em um esquema que consistia no desvio de verbas de publicidade dos dois órgãos. Além do esquema de desvio, Vargas é investigado por envolvimento na contratação da empresa Labogen, ligada a Alberto Youssef, por tráfico de influência e pela aquisição de uma casa em Londrina no valor de R$ 980 mil sem lastro patrimonial.

O esquema funcionaria em três etapas: na primeira, seriam contratadas agências de publicidade que, em uma segunda fase, subcontratariam produtoras. Por fim, as produtoras contratariam os serviços de empresas em que o ex-deputado e seu irmão, Leon Vargas, participavam como sócios. Essas empresas, que receberiam 10% do valor inicial, não existiam fisicamente nem prestavam os serviços pelos quais as notas eram emitidas, segundo a PF.

— Essa relação configura lavagem de dinheiro — definiu o procurador do Ministério Público Carlos Fernandes Santos Lima.

Segundo o delegado Márcio Adriano Anselmo, alguns dos contratos ainda estão vigentes, enquanto outros teriam se encerrado em dezembro de 2014. 

De acordo com procurador do MP, as investigações da Lava-Jato estão longe do fim. A operação investiga outros órgãos além do Ministério da Saúde e da Caixa.

Também foram presos nesta sexta-feira os ex-deputados Luiz Argôlo (ex-PP e atual Solidariedade-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE), além de Leon Vargas, irmão de André Vargas, Elia Santos da Hora, secretária de Argôlo, Ivan Torres, apontado como laranja de Corrêa, e Ricardo Hofman, diretor de agência de publicidade.


De acordo com a PF, apesar de serem casos sem relação entre si, as prisões dos três ex-deputados têm um ponto em comum: todos estariam ligados ao doleiro Alberto Youssef.

2 comentários:

Anônimo disse...

No Brasil, "um mar nunca antes navegado" poderia ser muita coisa, como vergonha na cara, progresso e justiça.
Duvido que leve a tudo isto.

Anônimo disse...

E por falar na Caixa Econômica Federal, será que não está na hora de uma devassa no sistema das loterias?
Será que não andam metendo a mão ali também? Será que não é fácil enfiar naquele globo meia dúzia de bolas viciadas?

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