A falta de chuvas (não chove há 20 dias) já causa perdas
irreversíveis para boa parte da safra de soja plantada na fase final de
plantio, novembro e dezembro.
O que está sendo colhido neste momento é soja do cedo,
plantio de outubro – e é muito boa.
O diretor da Brasoja Agro, com quem o editor conversou na
tarde desta terça-feira, disse que ainda teremos uma supersafra, mas a previsão
de 16 milhões de toneladas não acontecerá:
- Aposte em 15. E se não chover nos próximos dias, poderá
ser pior.
Isto tudo significa que também a supersafra de 30 milhões
de toneladas de grãos em geral sofrerá algumas perdas.
Até o momento, a colheita atingiu apenas 20% das safras
de verão – soja, milho e arroz.
Depimento desta terça-feira
do leitor Antonio de Garcia
Viajei de Porto Alegre para Pelotas nesta segunda. Me chamou a atenção as lavouras de soja.
Parte seca, parte amarelada e o resto verde (precoce,
normal e tardio). O pessoal está apavorado pedindo
chuva.
Você sabe a dimensão disto? É local, estadual, nacional?
Imagina uma quebra de safra!
A não ser que o Soja do MST segure as exportações.
Um comentário:
Haverá uma quebra na produção, as sojas precoces tiveram excelente produtividade, mas as sojas do tarde, que são a maioria das áreas, estão amarelando muito rapidamente com baixa carga de grãos e com produtividade muito baixo, muitas sequer vão render 30 sacos por hectare, devido ao calor e ausência de chuvas. Estes perdas são irrecuperáveis, mesmo chovendo daqui para frente.
Ressalte-se que com a umidade baixa, grãos com menos de 10% de umidade, o risco de quebra de grãos na colheita é muito grande (que é descontado no silo como impureza).
O ano terá uma safra boa, mas nada de excepcional, tem muito soja no campo, que vai reduzir em muito essa projeção de 14 milhões. Na melhor das hipóteses, vai ficar em 11 milhões de toneladas.
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