Neste comentário publicado no Correio do Povo, Porto Alegre, intitulado "Encrencas da leviandade megalômana", Elio
Gaspari avisa que governo está diante de duas encrencas, mas pela amplitude,
a maior é a do sistema de financiamento dos estudantes de faculdades privadas, enquanto que pelo valor, é a da empresa Sete Brasil, que fabricaria sondas para a Petrobras.
Leia o que ele denuncia:
Ambas foram produto da irresponsabilidade do governo e do oportunismo de
empresários que se associaram em empreendimentos condenados ao fracasso, certos
de que, na hora da conta, a patuleia seria chamada para cobrir o buraco.
Começando pelo Fies. Em 2010 o ministro Fernando Haddad
mudou o acesso aos financiamentos da garotada. Baixou os juros, afrouxou as
fianças e criou um sistema pelo qual um estudante que tirasse zero (repetindo,
zero) na prova de redação poderia conseguir o financiamento. Com isso
floresceram empresas bilionárias. Qualquer empresário sério saberia que essa
conta não fechava, pois o dinheiro emprestado não retornaria no volume
necessário.
O governo deu-se conta da encrenca e criou novos
critérios, todos razoáveis. Centralizará a concessão dos empréstimos, dará
prioridade às escolas bem avaliadas pelo MEC e exigirá a nota mínima de 450
pontos do Enem para o acesso ao programa. Quem tirar zero na redação cai fora.
O que em 2010 parecia ser uma solução era um problema, e o que hoje parece ser
um problema é uma solução.
As mudanças terão duas consequências: quem não tem nota
não entra, e quem não oferece ensino de qualidade não arrecada.
AS FANTASIAS
DA SETE BRASIL
Em 2010 armou-se na Petrobras uma empresa que deveria
construir 23 navios sondas e seis plataformas de perfuração em alto-mar. Um
negócio de US$ 89 bilhões. No lance estavam os notórios fundos de pensão de
estatais, três bancos e o notável Pedro Barusco. Desde a concepção da empresa,
sabia-se que as sondas custariam acima dos preços do mercado internacional.
Desde 2013 a Sete Brasil está no braseiro. No final do ano
passado ela deixou de honrar alguns de seus compromissos e quer dinheiro do
BNDES. Jogo jogado. O banco quer uma carta de fiança, mas a empresa diz que não
tem como oferecê-la.
Se o doutor Luciano Coutinho quiser, entra no negócio com
US$ 3 bilhões do banco e sua biografia.
O que fica feio para a Sete Brasil é que circulem
notícias de que a doutora Dilma mandou o BNDES socorrê-la. Admitindo-se que ela
não tem nada a ver com essas informações, deveria desmenti-las, pois suas ações
são negociadas na Bolsa. A primeira notícia apareceu em dezembro. Deu água. De
lá para cá, ela reapareceu mais três vezes. Na vida real, a Sete já provocou um
processo de bancos internacionais contra o Fundo Garantidor da Marinha
Mercante.
Nos últimos dias a doutora Dilma repetiu a famosa frase
do juiz americano Louis Brandeis, "a luz do sol é o melhor
desinfetante". Boa ideia. Basta que ela vá para a vitrine defender o
financiamento do BNDES ou que a diretoria da Sete Brasil conte o que houve e há
por lá. Iludir o mercado é crime.
8 comentários:
o caso do Fies é resultado do populismo classico do progressismo petista e esquerdista em geral...
segundo essa gente, todos, mediocres e dedicados, tem os mesmos direitos...
ai esta...
e o buraco da Educação é bem maior...
é so a imprensa companheira parar de bajular o governo noticiando sobre o numero de vagas criadas nas universidades e começar a divulgar o numero gigantesco de DESISTÊNCIAS, de gente que fica pelo meio do caminho por nao ter tido educação básica para encara um curso universitário...
o importante nao é o numero de gente que entra nas universidades, mas o quanto que sai formada...
Nada que o PT não tenha feito pior...
PETRALHA NÃO TEM JEITO MESMO:
ACABA DE CONTRATAR DESEMBARGADOR APOSENTADO QUE ESTÁ SENDO INVESTIGADO PELO CNJ PARA O CARGO DE CONSULTOR DA PETROBRAS.
TEM QUE TÊ O RABO BEM PRESO PARA FAZER ISSO.
AGORA OS APROVEITADORES (AQUELES QUE SABEM DAS COISAS) VÃO COMEÇAR A COBRAR AINDA MAIS PELO SEU SILÊNCIO.
O Brasil virou um grande laboratório de aprendizes de feiticeiros.
Ué, por quê não contrataram o melhor consultor do Brasil,Zé Dirceu.
Essa de um estudante tirar 0(zero) em português e entrar na universidade, é verdade. Estive em SPaulo, há pouco, e conversando com uma professora universitária que dá aula de matemática e física(ela é pos-doutora em física teórica), me contou que ia abandonar a universidade pq os alunos dos cursos de engenharia e física e matemática, NÃO SABIAM FAZER AS 4(QUATRO) OPERAÇÕES DE ARITIMÉTICA. Esses são os universitários do larápio do 9dedos.
O Anônimo das 16:05 não entendeu ainda como é o mundo petista. Ele diz:"Petralha não tem jeito mesmo". O problema é que no grupo deles só tem bandido! A densidade populacional de pulhas é de 100%. Aqueles decentes e éticos que havia no PT (também sempre tem gente assim em todos os lugares) se afastaram há muito tempo, muito antes do Mensalão chegar.
Isso se chama fazer festa com o dinheiro público.
No meu tempo,havia o mérito.Agora qualquer nulidade tem direito a bolsa,a livros,a passagens,a alimentação . Só falta exigirem roupa de grife...
O que foi o vexame daquele contingente devolvido à Pátria por não saber falar inglês a fim de cursarem a universidade na Inglaterra? Só que se passaram 6 meses de turismo até que voltassem...Quem nasceu para centavo não chega a ser vintém.
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