Indústria de calçados fechou 8% de seus postos de trabalho em 2014

Os fabricantes de calçados do país demitiram 8% de seus trabalhadores no ano passado, de acordo com informações da Abicalçados (associação do setor).

Em dezembro, a indústria empregava cerca de 330 mil pessoas. Hoje, no entanto, o número é ainda menor.

"As demissões continuam acontecendo em quase todo o país de forma linear", afirmou ao jornal Folha de São Paulo o presidente da entidade, Heitor Klein.

Leia outras informações prestadas por Klein ao jornal:

"A demanda caiu muito nos últimos meses por causa do cenário macroeconômico. Está tudo muito instável e o consumidor, inseguro."

O executivo, porém, não tem dados fechados da redução do número de vagas deste começo de ano.

Nem a elevação do dólar deve aliviar o setor, segundo Klein. No mercado doméstico, a retração da demanda --decorrente também da alta da inflação-- deverá diminuir tanto a comercialização dos produtos importados como a dos nacionais.

Para o exterior, há projeções de que o novo patamar da moeda americana (que poderia dar mais competitividade aos calçados brasileiros) seja neutralizado pelo aumento dos custos, principalmente o da energia.

A redução da alíquota do Reintegra, programa do governo federal que restitui impostos às empresas exportadoras, também impactará de forma negativa.

A associação ainda não fechou os números do volume de sapatos produzidos no ano passado. O índice do IBGE aponta para uma queda de 5,9% na comparação com 2013.


No volume de vendas no varejo, a retração é de 1,1%, ainda segundo o órgão. Em 2013, o consumo era de 4,1 pares por pessoa.

Um comentário:

Anônimo disse...

Se ao invés de financiar Porto em Cuba e gigantes instantâneos na base da alavancagem financeira do BNDES tipo JBS e BRASKEM, o Governo teria dinheiro de sobra para manter empregos no Brasil !!

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