Uma lista apreendida pela Polícia Federal (PF) na casa de
Alberto Youssef mostra que os negócios do doleiro não se limitavam à Petrobras.
A lista, revelada pela revista Carta Capital, mostra que Youssef, por meio de
empresas de fachada, intermediou negociações entre construtoras e empresas
públicas e privadas. A nota é da Agência Estado. Lia:
Nem todas as 747 obras que aparecem na lista de Youssef
foram executadas pelas empreiteiras representadas pelo doleiro e 59% delas
tinham a Petrobras como contratante. Nas 41% restantes aparecem o Metrô de São
Paulo e as estatais de saneamento Sabesp, Copasa (MG), Caema (MA), Casal (AL),
Cagece (CE), Cedae (RJ), Saneago (GO) e a Saned, de Diadema. Há também empresas
privadas como a Vale, Fiat e empresas do Grupo X.
A lista encontrada com Youssef em março trazia o nome da
obra, o telefone fixo e o contato de alguém da empresa que contrataria a obra,
além de informações detalhadas sobre o projeto. Na outra ponta, como clientes
de Youssef, além das construtoras citadas na Lava Jato aparecem cerca de cem
empresas. A Delta Engenharia, o Grupo Shahin, a IHS Engenharia, a Potencial
Engenharia e a CR Almeida estão entre as empresas que teriam sido representadas
por Youssef nas negociações.
Entre as obras citadas na lista, estão várias
projetadas contra a seca no Nordeste, em especial as administradas pelo
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas(Dnocs), órgão ligado ao
Ministério da Integração Nacional. A Pasta era administrada até o ano passado
pelo senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE).
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