BNDES desmente, mas governo Dilma já concorre para ajudar concorrente uruguaio de Rio Grande

Embora a nota do BNDES garanta que não tem pedido algum de financiamento sob exame, isto não significa que o governo brasileiro não esteja de fato encaminhando alguma forma de apoio decisivo ao projeto de US$ 500 milhões para a implantação do superporto de Rocha, Uruguai.

. A mídia não diz de quem é o projeto - que já está pronto - mas ele é da Odebrecht. Todo mundo sabe disto no meio que trabalha com cargas nacionais e internacionais.

. A nota do BNDES é escapista e passa a impressão de que o governo Dilma não em nada a ver com o assunto, mas a Secretaria de Portos da Presidência da República admite que a proposta está em estágio inicial de cooperação técnica entre os países, sem entrar em detalhes de engenharia. Os uruguaios já pediram auxílio ao Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), vinculado à secretaria, para projetos iniciais de sedimentologia e hidrografia.

.Com calado de 20 metros de profundidade, superior ao de portos brasileiros, Rocha terá condições de receber navios maiores com custos menores. As condições aguçam o interesse brasileiro, em especial diante da busca uruguaia por outros países para auxiliar na construção. Os vizinhos já negociaram com China e ofereceram saídas marítimas para Paraguai e Bolívia.

.Segundo o jornal uruguaio El Pais, em dezembro de 2013 o então ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, indicou o repasse de US$ 500 milhões por meio de um fundo do Mercosul. Outra parte poderia vir do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em nota divulgada nesta terça-feira, o banco negou qualquer negociação oficial para financiar a construção do porto uruguaio. Assim, a instituição não comenta valores, que chegariam a US$ 1 bilhão, segundo reportagem do jornal O Globo.

- Para que o BNDES possa financiar o terminal, uma empreiteira brasileira teria de assumir a construção, já que o banco não repassa recursos ao governo beneficiado, mas à empresa responsável pela obra. Isto explica a presença da Odebrecht no negócio. 

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