- No ano passado, a única empresa que conseguiu apresentar PMI para o metrô foi a Invepar (grupos OAS/Odegbrecht/Fundos de Pensão Federais), a mesma que quer privatizar o Trensurb e juntá-lo ao metrô de Porto Alegre, melhorando a escala.
Ainda esta semana o governador Tarso Genro e o prefeito
José Fortunati pretendem se reunir para lançar a nova Proposta de Manifestação
de Interesse, PMI, do metrô de Porto Alegre, Linha 2, 10,3 kms, ligando a zona
central da cidade até o chamado Triângulo da Assis Brasil, zona Norte. Os
grupos interessados terão 90 dias para apresentar suas manifestações.
. Não se trata de disputa pela obra.
. Governos federal, estadual e municipal continuam
produzindo números desencontrados sobre o valor da obra, que é calculado por
eles entre R$ 4,8 bi e R$ 5,5 bi, mas já foi calculado em R$ 2,8 bilhões.
. Na PMI do ano passado, apenas uma proposta foi
examinada e o consórcio pediu R$ 9,4 bilhões para a construção da Linha 2.
. O metrô de Salvador, que começou a ser construído há 19
anos e não terminou, já consumiu três vezes mais do que o valor licitado.
. A prefeitura acha que as obras poderão começar em Porto
Alegre no ano de 2015, sendo concluída em 5 anos.
. O modelo escolhido é o da PPP, modalidade em que o
governo, neste caso do metrô, pagaria 70% dos custos da obra, entregando tudo
para a iniciativa privada administrar por 25 anos. O atual governo do RS, do
governador Tarso Genro, jamais admitiu qualquer privatização, nem mesmo
mascarada, e torpedeou o quanto pode todas as tentativas de estabelecer PPPs no
Estado. O caso mais emblemático é o da Rodovia do Progresso, que há três anos é
cozinhada em banho maria, levando ao desespero o principal grupo interessado, a
Odebrecht.
4 comentários:
Eles bem que poderiam incrementar os 'n' anúncios do metrô de POA distribuindo narizes de palhaço e/ou tiaras com orelhas de burro aos presentes e também encartar o brinde nos jornais.
Pelo novo projeto, o custo para implantação deve ficar em torno de R$ 3,5 bi, se tomarmos como referência algumas obras similares em execução ou previstas no Brasil.
Agora dá para entender o “esforço” que foi realizado pelo Fortunati, pelo Tarso e pela Dilma para encontrar uma “equação financeira”.
A contrapartida do parceiro privado (R$ 1,3 bi) será pró-forma. E ainda leva como brinde os lucros das obras civis com shield, a Trensurb e R$ 20 mi durante 25 anos.
Uma questão: será que a iniciativa privada do Brasil entraria neste negócio se fosse adotado o modelo “right-of-way” utilizado na maioria dos países que implantam este tipo de empreendimento?
Este anuncio é para enrolar trouxa, enganar os incautos, acalmar o clamor pelo transporte de qualidade e aditivar discursos para as proximas eleições. Vai ficar no papel, é muito 'pai' para adotar o bebe.
Perguntinha: Com este dinheiro todo, quantos quilômetros de aeromóvel poderiam ser construídos e em quanto menos tempo? Só no Brasil mesmo se investirá uma fortuna deste tamanho para viabilizar 10 quilômetros que não resolverá o problema se e quando ficar pronto.
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