Criminalistas gaúchos acusam Ministério Público por espionagem de nomes para composição de bancas de jurados no RS

. César Peres disse que dependerá do procurador-geral de Justiça determinar se a prática do MP é legal, e afirma que até o governo do Estado deve ser responsabilizado. "Nós temos que saber se o governador Tarso Genro é conivente com isso, se ele domina esse fato, (...) se ele e seu secretário (de Segurança Pública, Airton) Michels sabem disso, e se coadunam com isso. (...) Se eles coadunam com isso, têm que responder também. Se não coadunam, têm que romper esse contrato."

Durante boa parte da noite de ontem o editor leu e releu com atenção a denúncia feita pela Associação dos Criminalistas do RS, Acriergs, que acusou o Ministério Público Estadual de prática criminosa para escolher jurados que participam de júris populares no Estado.

. Em que consiste o crime ? Quem fala é o presidente da entidade, Cesar Peres:

- Os promotores utilizam um sistema chamado Consultas Integradas, da Secretaria de Segurança Pública do Estado, para verificar informações sobre jurados e selecioná-los de acordo com o perfil. A prática é irregular e constitui crime.
. O MPE diz que as consultas são ilgais.

. A Acriergs entrará com uma representação pedindo o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Sul (OAB-RS) contra o MP. Para ele, os promotores "desequilibram a paridade de armas" em relação aos defensores no júri ao utilizar o sistema de consultas para escolher os jurados, coisa que os advogados não podem fazer.

. O presidente Cesar Peres bate forte ao fazer a denúncia:

- Nós não vivemos em um Estado policialesco em que as pessoas podem sair te investigando e sabendo detalhes da tua vida simplesmente ao sabor do gosto dele. Aí o promotor é teu vizinho, quer saber o que tu faz, quanto tu ganha, se tu tem amante, e vai te investigar? Isso não tem cabimento.

. O objetivo desse sistema de consultas integradas é municiar os órgãos de segurança com inteligência para combater a criminalidade. Portanto, são distribuídas senhas para determinados tipos de funcionários públicos, estes que estão incumbidos de manter o sistema e evitar a criminalidade etc, em diversos níveis de profundidade. Essa senha máster que foi entregue aos promotores é aquela senha plena, em que eles acessam todos os dados do cadastro.

. O presidente da Acriergs defende que o sistema seja utilizado apenas para consulta de informações sobre suspeitos de crimes. "Nós não vivemos em um Estado policialesco em que as pessoas podem sair te investigando e sabendo detalhes da tua vida simplesmente ao sabor do gosto dele. Aí o promotor é teu vizinho, quer saber o que tu faz, quanto tu ganha, se tu tem amante, e vai te investigar? Isso não tem cabimento."

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4 comentários:

Anônimo disse...

E depois têm o cinismo de criticar os americanos por esiponá-los!

Os maiores opressores e violadores das liberdades individuais do povo são os "servidores" públicos e políticos.

Vivemos em uma ditadura burocrática neo-socialista!!!

Aí estão os concurseiros bem sucedidos e os pelegos twuiteiros de plantão, que não nos deixam mentir...

Anônimo disse...

Não é por acaso que o MP é o feliz proprietário de um aparelho chamado de Guardião.

Anônimo disse...

Fazer o que o todos blogueiros foram contra a PEC 37 que botava freios no MP.

Agora o que fazer com um órgão independente, cujas garantias constitucionais são as mesmas dos membros do Poder Judiciário.

Sem igualdade de ARMAS não dá para competir com o membros do MP quando ele é acusador.

Anônimo disse...

O presidente Cesar Peres bate forte ao fazer a denúncia:

- Nós não vivemos em um Estado policialesco em que as pessoas podem sair te investigando e sabendo detalhes da tua vida simplesmente ao sabor do gosto dele. Aí o promotor é teu vizinho, quer saber o que tu faz, quanto tu ganha, se tu tem amante, e vai te investigar? Isso não tem cabimento.
E eu digo: Para menosprezar a ação do Ministério Público o Cesar diz que não vivemos num estado policialesco, certamente tentando caracterizar uma arbitrariedade. De fato o que nos vivemos nos últimos anos é num estado ministerialesco, pois estão sendo aceitas investigações feitas pelo MP contra a Constituição. Se vivessemos num estado policialesco teriamos uma polícia de investigações onde o órgão policial faria uma investigação técnica em busca da verdade real sobre o fato ocorrido e que permitiria tanto à acusação como defesa usar os elementos de prova coletados e devidamente instruidos por perícia técnica, tornando-os habéis para caracterizar a materialidade do fato e identificação da autoria do delito.
Já o Ministério Público investigando torna realmente desproporcional o poder estatal contra o investigado, já que ao Ministério Público interessa provar o crime e a autoria.

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