O Palácio do Planalto lançou dura ofensiva nesta
terça-feira de manhã, para impedir a realização da audiência pública da Comissão de
Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (CINDRA), que
discutiria a polêmica envolvendo as terras indígenas. A manobra impediu a
apresentação de estudo elaborado pela Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), que contesta laudos antropológicos utilizados pela
Funai nos processos de demarcação. Segundo o presidente da CINDRA, deputado
Jerônimo Goergen (PP-RS), não por acaso, o esvaziamento do encontro acontece na
véspera do encontro entre a presidente Dilma Rousseff e lideranças indígenas.
- A Embrapa não veio aqui porque o Palácio não deixou, não foi porque a Embrapa
não quis vir. E eu aproveitei a oportunidade para formalizar um pedido de
audiência com a presidenta. Quero ver qual será o tratamento oferecido pelo
Parlamento e aos setores produtivos.
. O presidente da CINDRA disse que
a promessa de um decreto alterando os procedimentos de demarcação de terras
indígenas não se concretizou e que nenhum processo foi suspenso. “Nem os do
Paraná, nem os do Rio Grande do Sul foram suspensos. Isso quem me disse foi o
próprio ministro da Justiça. Foi apenas uma fala política como se as coisas
tivessem mudado. Nada mudou e, mesmo com o decreto envolvendo outros órgãos,
vai continuar com o mesmo risco de injustiças praticadas em todo o Brasil”,
advertiu o parlamentar.
- A audiência pública com a Embrapa e outros órgãos de
governo, como Funai, Casa Civil e ministérios da Agricultura e Desenvolvimento
Agrário, foi remarcada para o dia 14 de agosto.
Um comentário:
Enquanto isto em Roraima a FAB tem que levar comida e remédios para os índios que ganharam do governo PeTralha quase que um Estado inteiro transformado em reserva indígena.
As despesas é claro, ficam por conta dos contribuintes.
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