. Em outros cenários no qual Dilma aparece como
candidata é incluído também o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim
Barbosa --que tem negado intenção de disputar eleições. Nessa hipótese, a
petista tem 29% e há três nomes empatados em segundo lugar: Marina (18%), Aécio
e Joaquim (15% cada um). Campos pontua 5%. Lula é testado em duas simulações.
Numa delas, vai a 45%. Nesse cenário, Marina, Joaquim, Aécio e Campos somam
juntos 43% e ficam empatados tecnicamente com o ex-presidente. Haveria
possibilidade de segundo turno.
. Outro indicador duro com a atual presidente é
na pesquisa espontânea, aquela na qual o entrevistado não é confrontado
com uma lista de nomes. A petista já havia caído de 35% para 27% de março para
o início de junho. Agora, bateu em 16%. Lula se manteve estável, com 6%.
Joaquim Barbosa, que nunca aparecia na pesquisa espontânea, surge com 2%.
Um comentário:
Pesquisa verdadeira, assim como essa:
Eleição 2014:
Lula venceria eleição já no primeiro turno..
O povão “lulista” das periferias não foi às passeatas de junho. Mas a classe média arrastou com ela jovens da tal “Classe C”. O Brasil entrou em transe. A velha mídia transformou as manifestações em “festa cívica” contra “tudo o que está ai”.
Essa foi a versão vencedora. O povão pode não ter ido ás ruas. Mas olhou tudo pela TV e concluiu: Dilma não mostrou força para enfrentar a crise. Passou imagem de fraqueza. Reagiu tarde e ficou na defensiva. Isso explica porque ela despencou no DataFolha.
Mas o povo parece diferenciar dois personagens: Dilma e Lula. Este último caiu um pouco nas pesquisas para a eleição de 2014. Mas não na mesma proporção de Dilma. É como se o povão pensasse assim: Lula no comando teria força pra enfrentar o caos, negociar e pacificar o país. Mas Lula não é o “criador” de Dilma? Se ela cai, ele não deveria cair junto? Parece que o eleitorado faz uma leitura com nuances: não vê em Dilma “culpa” pelo que se passa. Mas inabilidade ou dificuldade para enfrentar a crise.
É o que mostram os números abaixo, que estarão na edição impressa da “Folha” neste domingo. Depois de semanas de bombardeio nas ruas e na mídia, Lula seguiria vencendo as eleições em primeiro turno. Dilma, não.
A questão é: Dilma poderia abrir mão da candidatura para um arranjo com Lula na cabeça de chapa? Eduardo Campos poderia ser o vice de Lula, num acordo em que se extinguisse a reeleição? E o PMDB, iria pro lado dos tucanos?
O quadro ficou nebuloso.
A conclusão que se pode tirar é a seguinte: Dilma perdeu muito, os tucanos cresceram quase nada, Marina faturou com a crise. Lula segue como um reserva de luxo. E ele pode decidir o jogo.
Do outro lado, insisto: não descartaria a candidatura de Serra. Num quadro aberto como teremos em 2014, o ex-governador poderia se lançar candidato por uma legenda menor: MD (o ex-PPS) ou até o PSD de Kassab.
Por último: Joaquim Barbosa tira votos de Aécio e Marina. Quase nada de Lula ou Dilma.
Veja abaixo os cenários:
1) Lula, Marina, Aécio e Eduardo
Lula – 46%
Marina Silva – 19%
Aécio Neves – 14%
Eduardo Campos - 4%
2) Lula, Marina, Aécio, Eduardo e Joaquim Barbosa
Lula – 45%
Marina Silva – 14%
Joaquim Barbosa – 13%
Aécio Neves – 12%
Eduardo Campos – 4%
3) Dilma, Marina, Aécio e Eduardo
Dilma – 30%
Marina Silva – 23%
Aécio Neves – 17%
Eduardo Campos - 7%
4) Dilma, Marina, Aécio, Eduardo e Joaquim Barbosa
Dilma – 29%
Marina Silva – 18%
Joaquim Barbosa – 15%
Aécio Neves – 15%
Eduardo Campos – 5%
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