Mais do que simplesmente usar outra vez de maneira
inescrupulosa os mecanismos da contabilidade criativa - de que vem lançando mão
com frequência cada vez maior para tentar encobrir sua inapetência política
para limitar seus gastos às receitas que legitimamente tem auferido -, o que o
governo do PT fez para anunciar a redução das tarifas de energia elétrica foi
enganar o consumidor e comprometer programas de administrações futuras.
Por meio de complexa manobra contábil-financeira, legal,
mas ardilosa, o subsídio implícito na redução tarifária - estimado em R$ 8,46
bilhões em 2013 e em valor semelhante em 2014 - não será fornecido diretamente
pelo Tesouro Nacional, o que deixa a impressão enganosa de que não terá custos
fiscais, mas implicará o comprometimento antecipado de receitas futuras.
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