O governo brasileiro não brigará com os argentinos por causa do RS

Os números que o editor vem alinhando há bastante tempo sobre as relações comerciais Brasil x Argentina e Rio Grande do Sul x Argentina, revelam com precisão que os gaúchos não entenderam até agora a verdade insofismável:
- O governo brasileiro não brigará com o governo argentino para defender os interesses econômicos gaúchos. Isto vale para exportações e importações.

. Os números a seguir, em bilhões de dólares, são do ano passado, mas eles têm se mantido parecidos ao longo dos últimos cinco anos:
Brasil x Argentina
Exportações – 22,7
Importações – 16,9
Superavit pró Brasil – 5,8
RS x Argentina
Exportações – 1,9
Importações – 4,0
Déficit contra o RS – 2,1

. Ora, com déficit tão portentoso, bastaria ao RS trancar o ingresso de produtos argentinos para levá-los a abrir as fronteiras e deixar passar calçados, móveis, máquinas agrícolas e tudo o mais que produzem os industriais do Estado.

. Acontece que o RS é apenas um Estado federado e não tem competência legal para administrar seu comércio exterior.

. Por isso pressiona Brasília, que não se mexe porque o País como um todo ganha muito, mas muito dinheiro com a Argentina.

. Desde que foi criado o Mercosul, sabia-se que o Brasil ganharia no jogo e o RS perderia no jogo. Foi por isto mesmo que antigamente as consignas gaúchas  foram:
1) medidas protecionistas para o RS.
2) medidas compensatórias para o Estado. Isto tudo, claro, somado ao que constitui a principal demanda atual, que é maior flexibilização para a entrada de produtos gaúchos na Argentina.

7 comentários:

Anônimo disse...

Concordância zero no teu título.

Mordaz disse...

Bem lembrado. Se dizia que seríamos um corredor apenas. É o que somos hoje.

Werner disse...

O Mercosul se sustentaria como oportunidade para o RS na atração de novos e diversificados investimentos, que se beneficiariam da situação geográfica central do estado na região. Diversas corporações aderiram inicialmente a esta proposta, mas com o retrocesso do bloco comum, se dispersaram. Algumas, como a Dell, deixaram o RS por conta própria, outras, como a Ford, foram expulsas por ação governamental.

Pela característica de similaridade do setor produtivo gaúcho com a Argentina (grãos, carne, máquinas agrícolas, vinho) colhemos até o momento prejuízo comercial com Mercosul, por ação da forte concorrência. O acordo foi e tem sido uma ótima oportunidade para indústria de São Paulo, que por apresentar características de complementaridade à dos países do Cone Sul, aumenta cada vez seu superávit e amplia sua concentração produtiva.

Cabe a nós gaúchos agirmos com inteligência e articulação, sem o tradicional “grenalismo” ingênuo ou ideologização inócua, para reverter este déficit crescente e realmente fazermos do Mercosul uma oportunidade. Veio da Serra Gaúcha um belo exemplo poucos meses atrás: um pequeno grupo de produtores da cadeia da uva e vinho foi capaz de articular com governo federal, medidas de proteção comercial que contribuirão para a sustentabilidade dos empregos e das empresas na região - mesmo com toda chiadeira dos paulistas.

Werner disse...

O Mercosul se sustentaria como oportunidade para o RS na atração de novos e diversificados investimentos, que se beneficiariam da situação geográfica central do estado na região. Diversas corporações aderiram inicialmente a esta proposta, mas com o retrocesso do bloco comum, se dispersaram. Algumas, como a Dell, deixaram o RS por conta própria, outras, como a Ford, foram expulsas por ação governamental.

Pela característica de similaridade do setor produtivo gaúcho com a Argentina (grãos, carne, máquinas agrícolas, vinho) colhemos até o momento prejuízo comercial com Mercosul. Este foi e tem sido uma ótima oportunidade para indústria de São Paulo, que por apresentar características de complementaridade à dos países do Cone Sul, aumenta cada vez seu superávit e amplia sua concentração produtiva em detrimento de outras regiões do País.

Cabe a nós gaúchos agirmos com inteligência e articulação, sem o tradicional “grenalismo” ingênuo ou ideologização inócua, para reverter este déficit crescente e realmente fazermos do Mercosul uma oportunidade para nós. Veio da Serra Gaúcha um belo exemplo poucos meses atrás: um pequeno grupo de produtores da cadeia da uva e vinho foi capaz de articular com governo federal medidas de proteção comercial que contribuirão para a sustentabilidade dos empregos e das empresas na região – mesmo com toda a chiadeira dos paulistas.

Anônimo disse...

RS tem que lutar com os Argentinos, gauchada deve dar o troco na entrada dos produtos e nas gondolas dos supermercados.

Daniel disse...

Acho que a gauderiada deveria declarar guerra a Argentina. Vamos pegar em armas e derrotar estes inimigos. Mas procurar solucoes para o deficit da balanca comercial, entre a Republica do Pampa e a Republica do Prata, nem pensar, ne? Quem sabe os eruditos jornaleiros-economistas, que agem como a Mae Dinah, nao comecam a estudar as cuasas deste desequilibrio? Ou os nobres gauderios precisam esperar que a Mae Dilma oriente os gestores publicos e privados do RS?

Aquiles disse...

A "Mão Dilmá" quebrou uma lojinha de R$1,99 no centro de Porto Alegre, capital federal da República do Pampa, petralha Daniel.

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