Governo reduz impostos e amplia prazos de financiamento para tentar estancar queda livre nas vendas de automóveis

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ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta segunda-feira a redução da carga tributária que incide sobre veículos no País. Segundo o ministro o carro 0 km ficará "10% mais barato" com as novas regras válidas até 31 de agosto. Para carros com motorização de até 1.000 cilindradas, a alíquota do IPI cai de 37% para 30%, no caso dos veículos fora do regime automotivo. Para aqueles que fazem parte do regime (ou seja, produzidos no País de acordo com metas de investimento em pesquisa, desenvolvimento e engenharia estabelecidas pelo governo), o IPI, que é de 7%, fica zerado. "Para a maioria das montadoras, o IPI será zerado", afirmou o ministro, durante a divulgação das medidas de incentivo para o setor automotivo e para bens de capital, no auditório do Ministério da Fazenda, em Brasília. 
Pacote contra a crise
O plano para manter o ritmo de crescimento da economia em meio à crise internacional se soma a outras isenções concedidas pelo governo à indústria automotiva desde o início da crise de 2008. Com o pacote desta segunda, cuja renúncia fiscal é estimada em R$ 1,2 bilhão, as montadoras deixam de pagar ao todo cerca de R$ 9,1 bilhões, conforme balanço obtido em março pelo iG junto à Receita Federal, quando o setor já acumulava abono de R$ 7,9 bilhões.

Novo imposto por motorização
Para veículos flex com motorização entre 1.000 e 2.000 cilindradas, o IPI será reduzido de 41% para 35,5%. Para os que fazem parte do regime, o IPI diminui de 11% para 6,5%. Para veículos movidos a gasolina fora do regime automotivo, o IPI cai de 43% para 36,5%, e para os que fazem parte do regime, de 13% para 6,5%.
Para utilitários, o IPI cai de 34% para 31%, no caso dos veículos fora do regime automotivo, e para aqueles que integram o regime, de 4% para 1%. Segundo Mantega, a renúncia fiscal estimada é de R$ 1,2 bilhão.
O que muda no financiamento
O ministro anunciou ainda a redução da alíquota de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incide sobre os financiamentos para pessoa física, de 2,5% para 1,5%. "O IOF volta para aquilo que era no início de 2011", afirmou. A renúncia fiscal prevista, no caso do IOF, será de R$ 900 milhões.
Contrapartida das montadoras
Mantega informou que o setor privado automobilístico terá que fazer contrapartidas às medidas anunciadas pelo governo. Segundo ele, as montadoras darão descontos na venda de automóveis até 31 de agosto.
Carros até mil cilindradas terão um desconto de 2,5% sobre a tabela em vigor atualmente. Entre mil e duas mil cilindradas, o abatimento será de 1,5%, e para utilitários, de 1%.
Mantega disse que a redução no preço dos automóveis poderá chegar a quase 10%, considerando a desoneração de IPI concedida pelo governo. "O setor se compromete com promoções especiais e fez um acordo de não demitir trabalhadores", declarou o ministro.
* Com Nivaldo Souza, iG Brasília e AE

10 comentários:

Anônimo disse...

Pacotinho sob medida para atender às pressões das montadoras, que são grandes financiadoras de campanhas.

O governo, bonzinho, não podia deixá-las na mão com + de 350.000 veículos encalhados ... Mesmo que para isso tenha que jogar na fogueira o consumidor incauto e manipulado pela mídia. O pobre coitado vai se endividar e depois quando não conseguir pagar a prestação, vai aos bancos renegociar as dívidas pela portabilidade bancária ...

E tudo pra comprar essas carroças vendidas no Brasil pelo dobro de preço que custam mundo afora !

Anônimo disse...

Interessante.

Dentre os diversos setores da economia, sempre o automobilístico é o escolhido para ganhar os tais "incentivos fiscais".

Porque toda esta "renúncia fiscal" não é concedida, por exemplo, para a cadeia da construção civil ??

Além da redução do IPI poderia reduzir o imposto sobre o lucro imobiliário e aumentar o crédito imobiliário.

Além de gerar muito mais empregos, criariam-se produtos muito mais úteis e necessários a população. Casas e moradias.

Justiniano disse...

Tão levando um tremendo cagaço com a crise internacional, agora acham que com essas medidas vão mudar o atual cenário de redução do mercado interno com muitas pessoas endividadas e com crédito limitado. A "marolinha" está começando a bater na costa brasileira e logo haverá uma tremenda ressaca no mercado. Sem redução da carga tributária e com essa gastança desequilibrada do governo Dilma, o PIB certamente irá encolher, se passar de 2% somente com ajuda dos commodities agrícolas e do Santo Expedito.

Anônimo disse...

GOVERNO COM FAROL APAGADO

Um governo com gente cega,bem engravatada e bem falante de bobagens!

Um governo que demonstra que não sabe o que se passa no mundo,deixa o barco parar para tomar medidas como estas;alguém não sabia que os IMPOSTOS EXTORSIVOS já quase mataram a nossa indústria?

SE NÃO PERCEBERAM DEVEM APEAR DO CAVALO, DESOCUPAR A MOITA POIS NÃO TEM COMPETÊNCIA PARA LÁ ESTAR.

A BURRICE EM GOVERNO, EM COMANDO, DÁ desgraça da grande.

Ninguém percebeu que o navio BRASIL É UM TITANIC, não tem comando,governantes só PETRALHAM, SE ESQUECERAM DE GOVERNAR, agora constatamos que não sabem, não tem competência.

Não é só diploma que não tem,mas competência!

Confiram as declarações dos nossos governantes nos últimos tempos, e saberão que o NAVIO BRASIL ainda não bateu,está à deriva e todo mundo tomando champanha e festejando os idiotas governantes.

Anônimo disse...

de novo a industria automotiva?

so existe isso nessepaiz?

isenções a industria automotiva eh a salvação para tudo nessa esbornia...

ate parece que comemos e vestimos carros...

alias, eh ótimo ver um governo que se diz progressista e ambientalista ajudar a entupir as ruas de automóveis, contribuindo para a degradação da qualidade do ar das cidades...

eh tudo coerente como desde a época do 9dedos, que saia pelo mundo pregando o uso do etanol e dentro de casa se orgulhava de o pais ter uma das maiores empresas exploradoras do velho e poluente combustível fóssil, a Petrossauro...

coerencia eh tudo no petismo...

Jeferson Lemes disse...

KKKKKK, o que faz o desespero hein... Baixar miseros percentuais não adianta, basta que as montadoras cobrem preços justos pelos automóveis que ai as vendas irão alavancar.
Espero que o povo bananão aprenda qual o verdadeiro valor de um automóvel, certamente não é esse que é cobrado aqui em Banânia. R$ 80.000 por um Corolla ???? Devem estar brincando, é carro de classe média baixa em qualquer país de primeiro mundo, só aqui que é carro "dazelites" !!!!

Anônimo disse...

É isso aí! Vamos encuralando os "porcos selvagens" com financiamentos.

Estão jogando milho e os porcos vão lá comer, daí fecham um lado, os porcos estranham, mas vão lá comer, fecham o outro lado, os porcos estranham, mas vão lá comer, fecham mais um lado, os porcos estranham, mas vão lá denovo comer, e é aí que vão lá e fecham o 4º lado e estão lá todos os porcos presos, sem ter o que fazer a não ser obedecer e aceitar as migalhas que o governo oferece. Assim aconteceu em todos, eu disse TODOS os países comunistas/socialistas que a história já conheceu. E nós não aprendemos NUNCA.

Anônimo disse...

Que interessante a falta de tirocinio e de analise realistica da situacao deste pobre Brasil que sempre teve sua economia na mesma situacao do stop and go a decadas e agora querem atribuir a crise que se agraava no Brasil aos paises da Europa, quando os pressupostos da economia brasileira e que apodrecem e rapidamente. Nao da mais para enganar e tentar esconder a incompetencia do Pais com o seu Custo Brasil, sua taxa de juros, sua infra-estrutura "africana" e seu povo sem saud ee muito menos educacao. A "galinha" aterrisou de vez e vai ser dificil ve-la alcar voo tao cedo! By Brasil!

Anônimo disse...

E dê-lhe apagar incêndio. É muita incompetência e falta de planejamento. Estamos fora do mundo; basta ler revistas estrangeiras e veremos já estão chamando o Brasil de a Grécia de amanhã. A nossa produtividade aumenta 1% a.a.; EUA, 4%; Coréia do Sul 7%. Um conteiner de 20 pés de Shangai para o porto de Santos (SP) é trazido por 15.000 km ao preço de 1.200 dólares. Para ser levado de caminhão do porto à capital, ou seja, 70 km, custa os mesmos 1.200 dólares. Uma tonelada de minério de ferro no porto de Rotterdsm na Holanda custa, para ser carregada, 5 dólares; no porto de SAntos, 50 dólares.

Anônimo disse...

O Brasil tem 279 bilhões de dolares de reserva, novamente tem que "ajudar" o setor privado. Mas onde está o tal mercado que regula tudo!!!!!!!


Não fosse os governos, não só do Brasil socorrer grandes empresas privadas que "maquiavam seus balanços" para cima e depois foi se ver que estavam quebrados.


Quero que esse tal mercado se exploda.

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