Saiba como desatam os nós das barreiras da alfândega da Argentina

A proibição de importação de carne bovina e de aves do RS por parte da Rússia, soma-se agora ao passivo que outros setores industriais gaúchos enfrentam no mercado internacional. O governo federal trabalha bem todos os casos, mas o governo gaúcho parece ausente (Tarso Genro ignora a crise em sua viagem à Coréia).

. As queixas são enormes por parte dos ramos industriais de calçados, móveis, máquinas agrícolas,bens de capital, texteis e confecções, mais a cadeia produtiva ligada ao arroz e a carne.

. O caso da cadeia produtiva da carne bovina e avícola é desta quinta-feira. O governo, a partir do dia 13, mandará missão à Rússia (a missão anterior foi cancelada por iniciativa russa) e está convencido de que não existe problema sanitário algum. Neste caso, é retaliação (fala-se em disputas no âmbito da OMC).

Argentina
. O imbróglio maior ocorre nas relações comerciais com a Argentina, que impõe restrições ao ingresso de calçados e máquinas agrícolas produzidos no RS, mas também produtos fabricados em outros Estados, sobretudo eletrodomésticos e carros. São 200 produtos barrados do lado argentino.

Mercosul
. As queixas gaúchas têm a ver também com calçados e arroz, porque Uruguai, Argentina e Paraguai têm servido de plataformas de triangulação para que produtos concorrentes chineses ingressem no País. O MDIC quer agir, mas precisa de dados que o ministério da Fazenda não envia.

Móveis, máquinas e confecções
. Estes ramos industriais, mais também calçados e máquinas agrícolas, enfrentam problemas de natureza mais geral, ligados sobretudo ao câmbio.

- Nesta quinta-feira, os ministros ligados às áreas de indústria e comércio, mais relações exteriores, do Brasil e da Argentina, anunciaram  acordo em Brasília. Os dois Países resolveram flexibilizar os nós atados e desatarão o impasse nas trocas de produtos industriais. Os casos do arroz, como também do trigo (o RS produz mais do que consome) e da carne, já parece claro que terão que ser resolvidos pelo próprio Brasil, segundo disse ao editor o deputado Jerônimo Goergen, que vem acompanhando de perto todas as reuniões desde início.