Tarso defende Battisti, mas jornal La Stampa critica o abrigo que ele deu ao assassino mais procurado da Itália.

O ex-ministro da Justiça Tarso Genro afirmou que a reação dos políticos italianos diante da decisão do Brasil de não extraditar o ex-militante Cesare Battisti foi "excessiva". Em entrevista publicada hoje na versão impressa do jornal "La Stampa", o atual governador do Rio Grande do Sul disse que algumas autoridades italianas agiram com "incivilidade e vulgaridade", o que pode ter "azedado" a situação.

. O governador do RS chegou ao ponto de lembrar que ele e a presidente Dilma Roussef chegaram a ser chamados de terroristas por membros do antigo governo militar, o que acontece agora igualmente com Cesare Battisti: Eis o que disse Tarso Genro (leia a reportagem a seguir, em link):

" ... fini finisce col dire che anche lui e la nuova presidente Dilma Rousseff venivano definiti «terroristi» dalla giunta militare stabilendo così una ridicola equivalenza tra i golpisti brasiliani e lo stato democratico italiano.sce col dire che anche lui e la nuova presidente Dilma Rousseff venivano definiti «terroristi» dalla giunta militare stabilendo così una ridicola equivalenza tra i golpisti brasiliani e lo stato democratico italiano".

. As declarações do governador gaúcho não passam de uma farsa que La Stampa reconheceu como farsa,  pelo menos no que diz respeito a ele mesmo, porque nunca passaram armas pelas suas mãos e em nenhum dos processos militares examinados pelo editor, ele foi tratado como terrorista, mas subversivo, sem contar o fato de que Battisti foi processado pelo Poder Judiciário, uma das instituições legítimas do governo republicano, democrático, da Itália, e não por um governo ditatorial militar. O assassino italiano Battisti matou quatro pessoas a sangue frio no decorrer de uma insurgência anti-democrática e usando a liberdade para acabar com a liberdade. Ele foi julgado, teve amplo direito de defesa, foi condenado e preso - mas fugiu e entrou com documentos falsos no Brasil. O governo democrático e republicano italiano quer que o Brasil cumpra os tratados de extradição que assinou com ele.

. Em janeiro de 2009, Tarso concedeu refúgio político ao ex-militante, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, quando integrava o grupo PAC (Proletários Armados pelo Comunismo). Desde então, o governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi vem criticando a decisão.

- A atividade "terrorista" de Tarso Genro foi tão opaca que nem a história costuma fazer registro dela. CLIQUE AQUI para ler a biografia do governador na Wikipedia (a enciclopédia do Google nem toca no assunto).

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