Artigo - A morte política de Zambiasi, o coronel do PTB do RS

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Jornalista Vitor Vieira

www.videversus.com.br

Sérgio Zambiasi age como Jim Jones e serve copo de veneno ao PTB gaúcho

O PTB do Rio Grande do Sul, que esperou 24 anos pelo senador Sérgio Zambiasi para que ele concorresse ao governo do Estado ou à prefeitura de Porto Alegre, chegou a um final de carreira patético nesta quarta-feira, na sua convenção crepuscular, realizada na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. O senador Sérgio Zambiasi, que não concorre a mais nada, depois de haver renovado um milionário contrato com o grupo de comunicação RBS para voltar aos microfones da Rádio Farroupilha, chegou à convenção com uma conversa de fortalecer o partido com a formação de fortes bancadas de deputados estaduais e federais.

Mas, a tônica do discurso do deputado estadual Luis Augusto Lara, presidente do partido no Estado, foi toda no sentido de que não concorria ao governo do Estado porque não havia "recursos" para a campanha. Ele renunciou à campanha por ordem do senador Sérgio Zambiasi, que funcionou como uma reedição do pastor norte-americano Jim Jones, e serviu um caldeirão de veneno letal para todos os candidatos e filiados do PTB gaúcho. Sérgio Zambiasi encerra a sua carreira política liquidando também com o partido, como uma reencarnação de Luis XIV, que dizia: "Depois de mim, o dilúvio". O tom da convenção foi sepulcral. Especialmente após a fala do advogado Luis Francisco Correa Barbosa, que anunciou a sua desistência à candidatura para o Senado Federal, porque a direção partidária havia retirado todas as condições, com a sua ordem de retirada da candidatura ao governo do Estado. Luis Francisco Correa Barbosa, visto como "a reserva moral" do PTB gaúcho, no meio de seu discurso, justificou a desistência de sua candidatura com os versos de um samba de Monsueto Menezes, que ele cantou, e que dizem: "Eu não sou água / Pra me tratares assim / Só na hora da sede / É que procuras por mim / A fonte secou / Quero dizer / Que entre nós tudo acabou / Seu egoísmo me libertou / Não deves mais me procurar / A fonte do nosso amor secou / Mas os seus olhos / Nunca mais hão de secar / Mas os seus olhos / Nunca mais hão de secar". Não foi dito, mas foi um recado direto para o "chefão" Sérgio Zambiasi, caricato coronel retardatário gaúcho. Agora, o destino do PTB gaúcho caminha, quase fatalmente, para a intervenção no diretório estadual, porque o partido está irremediavelmente comprometido por suspeitas de toda ordem. Zambiasi pensa que ganhou a liberdade que deseja há muito meses para apoiar a campanha petista do peremptório Tarso Genro.