PIB a 7,5% produz temor de inflação.

Muitos bancos e consultorias confirmaram nesta quinta-feira que revisaram suas expectativas sobre o crescimento do PIB brasileiro para 2010, apostando agora em alguma coisa como 7,5%.

. O número é muito alto.

. O deputado Nelson Proença, que foi secretário da Sedai do RS e é também empresário, disse na segunda-feira ao editor que a economia já gira a mais de 8% ao ano.

. O temor de todo mundo é de que este crescimento não vá acompanhado da oferta de bens e de serviços, produzindo escassez e, portanto, alta dos preços (inflação). Embora as importações estejam muito, mas muito acesas (a Fiergs divulgou que as importações de produtos industriais pelo RS cresceram 63% no trimestre), mesmo assim a oferta seria insuficiente.

. Sabe o governo que isto é verdadeiro.

. O presidente do grupo Vonpar, Ricardo Vontobel, com quem o editor conversou nesta quinta (leia mais a saeguir) esteve no dia anterior com o ministro Guido Mantega, e percebeu a preocupação do governo em relação à inflação.

. Há mais tempo o Banco Central sabe do problema e por isto forçou a alta dos juros, visando desestimular o consumo.

. Neste momento, o ministério do Planejamento acerta os detalhes finais do pacote fiscal que anunciará no dia 20, promovendo pesados cortes nos gastos públicos.

. Em ambos os casos, a idéia é melhorar os fundamentos da economia para enfrentar uma escalada de preços.

7 comentários:

Vitor Diel disse...

Quando anunciaram 5% em abril eu já achei preocupante, porque se em abril anuncia 4% numa economia em escalada, a probabilidade de fechar o ano com 7% - um crescimento chinês - é alta. Dito e feito. Lá vem a inflação - oxalá não.

Anônimo disse...

Como Dillma só anda fazendo kkagada, falando asneiras, já se cogita, no PT,
na substituição da candidata. "Nesse caso, Collor será o candidato petista",
disse Lulla a interlocutores próximos delle. "Collor tem todo o perfil de
candidato petista", acrescentou o chefe da nação....aguardemos...

Anônimo disse...

Porque que sempre no Brasil crescimento economico e acompanhado a seguir de mas noticias como, problema de oferta, crescimento da inflacao, conversa fiada pois a India e a China por exemplo crescem de forma firme e segura e nenhum deles fica nesta mesma estoria de fachada dos reais problemas do Brasil ou seja "infraestrura pauperrima" e sem a menor chance de melhoria no curto e medio prazo. A economia do Brasil repete o voo da galinha sempre e ja vai pousar logo ali adiante.

Anônimo disse...

Isso é o reflexo da "cocozada" que plantamos. Em vez de economizar para investir em infraestrutura, gerando emprego, renda, preferimos gastar com a distribuição de cestas básicas. O atendimento às pessoas carentes é necessário e elogiável sob todos os aspectos, mas é emergencial, nunca permanente. Em vez de poupar, preferimos aumentar o endividamento, e aí, precisamos manter reservas de U$$ 250 bi, com rendimentos muito abaixo do custo da dívida interna, só para impressionar e tranquilizar os credores. Para dar fôlego ao BNDES, emitimos títulos da dívida interna, com custo maior do que os cobrados no empréstimo dos recursos. Enfim, o governo atual só fez metade do trabalho. Manteve as diretrizes econômicas de FHC, mas não aproveitou o crescimento mundial para arrumar a economia e tocar investimentos (fora do papel!!!). É isso, estamos tão bem que nem podemos crescer. Continuamos uma grande promessa ... Quem sabe no próximo século!

Rafael Bortolon disse...

Só no Brasil se freia o crescimento!

O atual governo deveria ter dado melhores condições para a indústria aumentar a oferta de produtos para evitar escassez.

Se com tantos problemas o Brasil consegue crescer a 7%, o que conseguiria corrigindo os problemas de infraestrutura, carga tributária e corrupção?

Anônimo disse...

Parece que a fase da retórica não acompanhar a realidade está chegando a um melancólico fim. Os indícios de que o cofre foi completamente raspado começam a surgir. Os "feirões da casa própria" poderão ser chamados logo, logo, de "encenações com fins eleitorais". Contratos celebrados correm o risco de ficarem amontoados à espera de recursos que os tornem factíveis e reais. Há indícios de que o tacho dos recursos captados para financiamentos habitacionais foi raspado (queda nas aplicações em poupança, divisão dos recursos habitacionais com o BB).
Falta um pouquinho só para o presiMente sentir o aroma do servido frio no planalto.

Anônimo disse...

Complementando o que faltou no final do comentário das l6h31min: ....sentir o aroma do cafézinho servido frio no planalto.

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