Saiba como Onyx atropelou o PPS e enfiou Feijó na chapa de Yeda

No video em que o vice-governador Paulo Afonso Feijó produziu sua delação não premiada ao MPF e por este alcançada na quinta-feira com exclusividade para o grupo RBS, existem poucas falas sobre o modo como foi composta a chapa para a disputa do Piratini. Feijó não começou como candidato a vice, mas ao Senado. O nome de Feijó para vice foi uma imposição do deputado Onyx Lorenzoni, que atropelou o PPS na coligação e passou o pacote com Feijó dentro. Yeda sequer abriu a fita. Ela confiava cegamente em Onyx.

. O editor já resgatou todo o episódio da formatação da chapa liderada por Yeda e também as razões que levaram o PSDB, mais tarde, a afrontar e romper com Feijó, a ponto de exigir que ele saísse da disputa. Esta história será contada no livro que o editor vai lançar em março, sob o título "O Eixo do Mal contra Yeda - Anatomia de um crime político no RS".

A formatação original da candidatura de Yeda Crusius foi uma coligação PSDB-PFL, com Paulo Feijó candidato ao senado. Por que Feijó ? 1) O presidente do DEM, o deputado Onyx Lorenzoni, apresentou Feijó, miliardário gaúcho, ex-dono do grupo de supermercados Econômico, sócio da Telefonica na operação B2B global Mercador, ex-presidente da Abras e da Federasul, homem capaz de mobilizar grandes somas em dinheiro para a campanha. 2) Feijó queria ter um espaço para a sua "pregação" anti-imposto e privatização (Banrisul, por exemplo). A posição de vice ficou com o próprio PSDB, aguardando um possível acréscimo na coligação. Uma possibilidade era o PP, se o deputado Francisco Turra concordasse (ele deu mostras que poderia concordar, mas alguns cardeais do PP só aceitavam Yeda de vice do Turra e não o inverso). Outra possibilidade era o PPS, que tinha já lançado o deputado Nelson Proença como candidato ao governo. Quando o PPS somou-se à coligação PSDB-DEM, a idéia era conduzir o deputado Nelson Proença para a posição de vice. Chegou-se a fechar o acordo com o PPS e imaginava-se estar tudo certo: Yeda governadora, Proença vice, Feijó senado. Mas neste momento o presidente do DEM, Onyx Lorenzoni, dominado por súbita fúria por não ter sido consultado, vetou a c andidatura de Nelson Proença e o próprio PPS na vice. Foi uma noite de trevas políticas no comitê de campanha. Onyx exigiu a vice para Paulo Feijó. Foi um parto "re-acertar" com o PPS, pois a briga do Onyx Lorenzoni com o PPS foi de facão no escuro. O novo acerto contemplou Mário Bernd para o Senado (Proença não quis concorrer ao Senado). A resistência ao nome do Feijó para vice foi enorme dentro do PSDB, principalmente por causa das suas teses privativistas, como por exemplo a defesa enlouquecida que ele fazia da privatização do Banrisul. Mas o deputado Onyx Lorenzoni emplacou-o por dois motivos principais: 1) o PFL (DEM) foi o primeiro, de fato, a apoiar a candidatura da Yeda (isto não foi de graça, pois o PSDB foi vice do Onyx na eleição pra prefeito em 2004; 2) Yeda confiava em Onyx, que tinha sido candidato a vice (pelo PL) na campanha de Yeda para a prefeitura de Porto Alegre em 1996. Yeda recebeu o pacote com Feijó dentro e nem sequer desamarrou a fita para ver o que tinha dentro.

9 comentários:

Anônimo disse...

Dinheiro não é tudo na vida... Arno Edgar Kaplan

Anônimo disse...

Esta tua versão deve ser mentirosa como quase tudo o que escreves e tu sabe disso. Quer dizer então que tu vais abastecer os balaios de encalhes da feira do livro? Rá, rá,rá
O Cherini devia entrar com uma lei proibindo edição de merdas para não dizimar as florestas.

Anônimo disse...

GRANDE ERRO, NÃO SE MISTURA PARA ENGOLIR FEIJÃO COM PRODUTO DE LIMPESA.

COMO NÃO VOMITARAM LOGO, TODO MUNDO TÁ COM DIARRÉIA.

Giuseppe Delgesu disse...

Livro??? Otimo!!!

Sugeri a voce faz pouco tempo que escrevesse um livro sobre o assunto. Nao sei se dei um empurrao ou se ja' estava em andamento, mas de qualquer modo:

Parabens! Esta barbaridade estava precisando ser documentada mesmo, e ninguem no Brasil melhor do que voce para fazer isso.

Mande uma copia para os anestesiados panacas nacionais como Reinaldo Azevedo, quem sabe eles aprendam alguma coisa sobre ser uma nacao.

Unknown disse...

políbio, vejo que estás gerando excelente bibliografia sobre o que a mídia não quer contar, aqui no rs.
sugiro que teu livro seja acompanhado de dvd, onde contenha os documentos que tiveste acesso em formato digital, inclusive os vídeos :)
abraços e sucesso!

Anônimo disse...

Banqueiros miram investimentos bilionários no Brasil

O País deve receber fortes investimentos em praticamente todas as áreas em que bancos de investimento brasileiros atuam: fusões e aquisições, mercado acionário, renda fixa e private equity (fundos que compram partes de empresas). De acordo com relatos colhidos pelo Estado, há até quem diga que não vai demorar muito para que o Brasil volte a emitir papéis de dívida em reais, tipo de operação que a crise global secou. Se a percepção de que o país vai receber uma enxurrada de capitais se confirmar, a dor de cabeça do governo com a valorização do real vai se tornar uma enxaqueca permanente.

Nesta semana, várias autoridades, como o ministro Guido Mantega, manifestaram preocupação com a alta da moeda brasileira. O real já ganhou 34% ante o dólar em 2009.

Na sexta-feira, a moeda norte-americana fechou a R$ 1,737, menor valor do ano. No sentido contrário, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) acumula valorização de 70,6% no ano. Segundo os banqueiros, os setores da economia preferidos dos estrangeiros são os voltados ao mercado interno, como varejo e bancos, o de infraestrutura e o de energia (petróleo e gás).

— Estou há 14 anos no mercado e nunca vi nada parecido — diz a copresidente do banco de investimentos do JP Morgan no Brasil, Patrícia Moraes.

Uma das principais diferenças que ela vê hoje em relação ao passado é o fato de os ativos brasileiros estarem sendo disputados por fundos globais de investimentos, não apenas pelos fundos destinados exclusivamente a mercados emergentes.

— Isso é positivo para o País porque esses investidores são bem menos preocupados com o curto prazo.

O vice-presidente executivo do Itaú BBA, Jean-Marc Etlin, atribui o otimismo com o Brasil a três fatores. O primeiro é a força do mercado interno, que deixa o País menos suscetível ao vaivém da ainda combalida economia global. O segundo é o fato de o Brasil ser "uma fábrica de recursos naturais".

— À medida que os países desenvolvidos saírem da recessão, vão demandar mais desses produtos, o que fará os preços subirem — afirmou. Por fim, Etlin acrescentou os investimentos esperados com Jogos Olímpicos, Copa do Mundo e exploração do pré-sal.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Anônimo disse...

É incrível como as ratazanas de esquerda ressentidas e mal amadas adoram este blog! Nunca deixam de opinar! Os blogs do eixo do mal não tem a mesma visibilidade, não é mesmo? Aparecer por aqui deve ser o auge da emoção para esse pessoal. Em tempo, o Onyx pode esquecer a reeleição.

Toni disse...

É! "Tá tudo dominado", como é dito em certas camadas do submundo. Tenho acompanhado o que diz a imprensa nacional sobre o caso, aí do RS. Tenho redigido a alguns colunistas que escrevem sobre a crise contraposições, críticas, alertas para que outras leituras sejam feitas. Normalmente esses colunistas publicam minhas observações, embora sejam contrárias à posição deles. Não foi o que ocorreu com Josias de Souza, pois ontem enviei um comentário na postagem onde ele expõe o vídeo do Feijó e ele não o publicou. Hoje, repeti a mesma remessa e, novamente, ele a recusou. Para teu conhecimento, e o dos teus leitores, remeto-a: "Josias. Tua coluna é bastante lida, respeitada e, portanto, confiável. Agora, neste caso do RS e de suas particularidades, tudo indica estares transmitindo informações secundárias, ou seja, obtidas de fontes jornalísticas locais que podem ser tendenciosas ou parciais. É bom saberes que a RBS e sua colunista política, Rosane, estão integralmente a serviço do PT estadual e nacional, em razão de favores do governo à rede de comunicação. Por isso, sugiro que tu e tua equipe busquem a substância dos fatos, para que, assim, possas transmitir informações corretas, para uma análise imparcial. Do contrário, estarás, assim como a RBS e Rosane, a serviço do PT, de Tarso Genro e do palanque de Dilma." Assim, neste caso e outras postagens dele, pode-se perceber um atrelamento às posições do PT gaúcho, deixando de ser totalmente confiável.

Anônimo disse...

Caro Políbio: com essa te superaste. A tese de que a resistência do PSDB ao nome do Feijó para vice deveu-se principalmente por causa das suas teses privativistas é pra rolar de rir. Pra engolir essa só com muito azevém.

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