Toffoli: Ministro e réu

Clipping - Site da Revista Veja – 20 de setembro de 2009

Cabe a somente onze brasileiros, homens e mulheres que compõem a mais alta corte do país, o Supremo Tribunal Federal, a nobre tarefa de proteger o espírito da Constituição da República – documento que consagra os princípios e os valores da democracia e da Justiça no Brasil. Não é fácil tornar-se um desses defensores. O candidato precisa ser brasileiro nato, ter mais de 35 anos, exibir notável saber jurídico e apresentar reputação ilibada.

O presidente da República indica um candidato. Cabe ao Senado confirmar ou rejeitar a escolha presidencial. Esse é um processo que costuma ser rápido, formal e reverente. Ou seja, o Senado nunca rejeita as indicações do Planalto. Essa tradição pode mudar com a mais nova indicação do presidente da República, José Antonio Dias Toffoli, advogado-geral da União, que pleiteia a vaga deixada pelo jurista Carlos Alberto Direito, morto no começo deste mês. Toffoli é brasileiro nato, tem 41 anos, não tem mestrado, foi reprovado duas vezes no concurso para juiz estadual e apresenta escassa produção acadêmica. Sua experiência profissional mais evidente, antes de entrar no governo, foi a de advogar para o PT. O fraco currículo, porém, não é o seu maior obstáculo. Toffoli é duas vezes réu.

Ele foi condenado pela Justiça, em dois processos que correm em primeira instância no estado do Amapá. Em termos solenemente pesados, a sentença mais recente manda Toffoli devolver aos cofres públicos a quantia de 700.000 reais – dinheiro recebido "indevidamente e imoralmente" por contratos "absolutamente ilegais", celebrados entre seu escritório e o governo do Amapá.


CLIQUE na imagem acima para ler o texto completo.
SOBRE o padrinho de Toffoli, Zé Dirceu, clique a seguir para examinar mais:
www.padrepauloricardo.org

3 comentários:

Anônimo disse...

Com um currículo desses, xii... Deu pra bolinha. Arno Edgar Kaplan

Anônimo disse...

O PT só existe ainda como partido porque não temos uma democracia no Brasil. Se nossos poderes judiciário e legislativo fossem realmente independentes,o registro do PT como partido já teria sido cassado e Lula já teria sofrido impeachment, tal o nº de crimes por eles cometidos. Como nos tornamos uma república bananeira da pior espécie, temos que conviver com esta quadrilha onde o menor crime é o 171 do código penal.

Anônimo disse...

Mas antes imaginem se é possível o seguinte questionário na sabatina de aprovação
do futuro membro do STF da parte de algum Senador da República, membro da CCJ:

"Vossa Excelência pretende renunciar à indicação presidencial para ingresso na mais alta corte de
justiça do país? Não vos constrange a condenação em primeiro grau pelo juiz federal da
da 2a Vara Cível do Amapá?

Vossa Excelência não se sente constrangido ou pretende abdicar da indicação para continuar
buscando sua inocência em grau de recurso?

O presidente Lula sabia do vosso processo judicial?

Como V. Excia. define "reputação ilibada" e "notório saber jurídico"?
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Pergunto eu: existe um Senador Federal da República capaz de formular tais questões?


carlos reis

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