Rita Cadillac e Mulher-Melancia são melhores do que Mercadante


CLIPPING: Coluna Carlos Brickmann / Coluna de domingo, 23 de agosto.

Renunciei, mas não fui eu.

Como todos os Estados, São Paulo tem três senadores. Ao contrário da maioria dos Estados, São Paulo não tem nenhum senador. Aloízio Mercadante mostrou que, comparadas com ele, Rita Cadillac e a Mulher-Melancia nada têm a exibir. Rugiu truculento para Lina Vieira, miou para o presidente Lula. E seu estridente protesto contra o voto pró-Sarney, a renúncia à liderança do PT, não resistiu a uma conversa com o presidente. Como na famosa camiseta de Lobão (o cantor, não o governista), ele fez, mas não foi ele. E os outros? Eduardo Suplicy, fundador do PT, crítico feroz da falta de ética dos outros, desta vez não foi aos microfones do Senado nem para cantar Bob Dylan. Não atacou o Governo – e também não o defendeu (aliás, com certa razão: Suplicy não é Dilma, tem mestrado e doutorado de verdade, mas nunca foi chamado por Lula para ocupar qualquer cargo). Silenciou. Não se sabe se está ao lado de Renan Calheiros ou de Aloízio Mercadante, de Collor ou de Flávio Arns. O terceiro senador, como uma pesquisa no Google pode revelar, é Romeu Tuma, o Xerife, ex-superintendente da Receita Federal – que, diante de um problema que envolveu a Receita Federal, silenciou. Mas Tuma, faça-se justiça, é fiel a seus princípios. Quando seu partido, o PFL, mudou de nome para Democratas, Tuma saiu e foi para o PTB. Um homem como ele, delegado que comandou o Dops na ditadura militar, não aceitaria jamais ser chamado de Democrata. E qual dos três jamais apresentou um projeto de interesse do Estado? Na quinta, o senador Aloízio Mercadante dizia que a decisão de deixar a liderança do PT era "irrevogável”. Na sexta, revogou o irrevogável, porque o presidente Lula o considera "imprescindível”. Pode ser – mas Mercadante, por bom tempo o principal assessor econômico do candidato Lula, que desistiu de disputar um mandato para ser seu vice numa eleição perdida, jamais recebeu um convite irrevogável de Lula para dar sua imprescindível colaboração no Governo. A escolha de Sofia Parafraseando Winston Churchill, no caso do Conselho de Ética foi oferecida ao PT a opção entre perder a ética ou as eleições. Preferiram perder a ética, e podem ter desperdiçado boa parte das chances de não perder as eleições.

2 comentários:

Anônimo disse...

É impressionante a falta de personalidade e a falta de capacidade de tomar decisões próprias, que tem os membros do PT, só sabem agir em grupo e com a "benção" do paizão Lula, aquele que nunca sabe de nada quando interessa e que pensa que sabe alguma coisa quando a sua opinião vale tanto quanto a de qualquer esquerdista etílico de mesa de buteco!

Anônimo disse...

MERCADANTE DEVERIA TER VERGONHA DE USAR BIGODE!!!!!!!!!!!!!

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