"O Brasil é feito para nos matar"


Clipping: Revista IstoÉ / Entrevista com o ator Pedro Cardoso / 8 de agosto de 2009.

"O Brasil é feito para nos matar"

O ator diz que é difícil sobreviver no País em meio a tanta injustiça social e propõe que cada brasileiro reaja individualmente.

O ator carioca Pedro Cardoso, 47 anos, mora no Rio de Janeiro, é separado e tem duas filhas. É, também, o Agostinho de "A Grande Família", um dos personagens de maior sucesso desse programa que é líder de audiência da Rede Globo. Seus fãs não costumam associá-lo à política, mas o ator é primo do ex presidente Fernando Henrique Cardoso - e detesta política partidária. Sempre votou em Lula (mesmo quando ele disputou com FHC), embora hoje esteja desiludido com o governo petista. Seu jeito cômico não sugere o cidadão irritado que é contra as "sujeiras" da classe política. Cardoso acha que as pessoas devem ter reações isoladas contra a hipocrisia, o abuso de poder, as injustiças.

ISTOÉ - Nunca pensou em ser político? É primo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seu avô foi presidente do Banco do Brasil.
Cardoso - Deus me livre. A preocupação política, em mim, não é partidária. Essa me dá preguiça, embora eu saiba que tem de existir. A política que é a ciência do convívio, no entanto, me interessa por causa do teatro, que é uma reflexão da vida em comum.

ISTOÉ - O sr. convive com FHC?
Cardoso - Sim, convivência familiar. Gosto muito dele. Como gostava imensamente da Ruth (Cardoso, já falecida). Ela era uma pessoa muito legal. Ele também é.

ISTOÉ - O sr. disse que votou em Lula todas as vezes que ele foi candidato, inclusive quando disputou com FHC. Vai votar na provável candidata de Lula, a ministra Dilma Rousseff?
Cardoso - Não sei, sinceramente. Confesso que o governo Lula me deixou tremendamente perplexo. E, olhando em volta, acho que o Brasil mudou pouco e mudou numa velocidade pequena diante do tamanho dos problemas que tem. Acho que precisamos tomar atitudes individuais contra toda essa situação absurda que está acontecendo no cenário político.

ISTOÉ - Quais atitudes?
Cardoso - Nenhum ato antidemocrático irá gerar outra democracia melhor. Não acredito que para passar de uma democracia imperfeita para uma mais perfeita seja preciso instalar o totalitarismo.


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