Não é apenas a queda brutal no valor das transferências federais que assusta o secretário gaúcho da Fazenda, Ricardo Englert, porque ele também está alarmado com o inesperado crescimento de algumas despesas. O editor conversou com Englert por uma hora e meia no inicio desta semana.
. O caso mais preocupante é o dos precatórios.
. Não se trata propriamente dos pagamentos orçados para pagar os precatórios propriamente ditos, para os quais o governo Yeda apartou R$ 200 milhões para este ano, o maior valor já previsto em qualquer época da história do RS.
. O problema são os chamados RPVs ou Requisições de Pequeno Valor, que são somas de até 40 salários mínimos, cujo pagamento a justiça determina que seja feito de imediato. Até julho do ano passado, os valores totais mensais não passavam de R$ 1,4 milhão, mas a partir de janeiro o crescimento foi geométrico, subindo para R$ 3,2 milhões e depois R$ 7,2 milhões, até chegar aos R$12,3 milhões de maio. Este ano, os RPVs poderão consumir dez vezes mais dinheiro do que no ano passado.
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