Notas de Feijó não conferem com registros da Junta Comercial do RS.

Ao examinar as duas notas que o vice-governador Paulo Afonso Feijó emitiu para se explicar diante da publicação exclusiva publicada aqui, revelando o inteiro teor dos contratos que duas das suas empresas assinaram com o grupo Ulbra, o editor percebeu incongruências muito relevantes.

. O editor teve acesso à vida societária da APF Participações Ltda. e Hiperpar Participações e Administração Ltda. Nos contratos assinados com a Ulbra, o vice-governador Paulo Feijó assina pela APF. A empresa Votos, que só aparece na rescisão, é na verdade a Hiperpar. A APF foi criada em 1989 e não em 1933 (A. Paulo Feijó Participações S/A, sim, é de 1933, sendo que a limitada atual é de 1989), como alegou Feijó, e tem oito sócios, enquanto que Feijó e o irmão são os únicos donos da Hiperpar.

. O que chama a atenção nos dois contratos é que a APF deixou de ser S/A pra se transformar em Limitada, dobrando o número de sócios, apenas dois meses depois de iniciado o contrato com a Ulbra, o mesmo acontecendo com a Hiperpar (o ato da Hiperpar foi de alteração e registro de contrato).

. As certidões da Junta Comercial demonstram que pelo menos no caso do ponto 6 da nota de 18 de maio, o que diz Feijó não confere com o que foi registrado:

6) Quando o contrato foi assinado eu ainda não havia assumido o governo do Estado. Sou acionista minoritário da empresa, não sendo diretor estatutário.

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