Crônica de sexta, Vitor Bertini - A serenata dos Anjos VI

Na manhã de outra noite mal dormida, na segunda vez em que precisei confirmar as conversas do pássaro com meu filho, fiz mais simples:

– Bom dia, meu filho.

– Bom dia, meu pai.

– Perdoa as inseguranças do teu pai. Deixa eu fazer uma pergunta, antes da sua mãe aparecer. Sei que é uma demasia; mas, como andam suas conversas com nosso amigo?

Após a conversa, não lembro o tempo em que me obriguei a ficar sentado no banco do jardim, vasculhando os céus. Fiquei até o momento em que ele chegou flanando, silencioso, e pousou ao meu lado. Pousado, ficou quieto um tempo. Depois ...

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