Tarso diz que intuiu que a cabeça de LFV seria cortada quando ZH começou a publicar cartas de leitores à lá Geddel

Neste artigo pedante e irrefletido, o ex-governador Tarso Genro, PT, dá a sua visão lulopetista para a demissão do cronista Luís Fernando Veríssimo, que no sábado foi despedido pelo jornal Zero Hora. Ele atribui o corte da cabeça de LFV a um certo espírito geddelista, gente que não gostava do que lia no jornal. O título do artigo de Tarso: "Geddel e o cortador de cabeças: a demissão de Luis Fernando Veríssimo".

 Neste trecho, Tarso começa atribuindo o corte a questões meramente financeiras: 

- O que circula a respeito da demissão de Luis Fernando Veríssimo, o mais completo, brilhante inteligente cronista do país – titular de uma coluna na “Zero Hora” – teve razões puramente financeiras, a saber: através de um cálculo de custo-benefício, a empresa deve ter chegado à conclusão que o número de leitores que perderá, vai gerar um prejuízo menor do que a manutenção da sua coluna, no referido jornal. Trata-se de uma “questão puramente financeira”, deve ter instruído um gerente (saneador de empresas com dificuldades econômicas), destes que são contratados para gerenciar custos de maneira impiedosa. 

A responsabilidade dos leitores que seriam réplicas de Geddel Vieira Lima, consta deste outro trecho:

- Intuí a demissão de Luis Fernando, quando começaram a ser selecionadas pela editoria do jornal, cartas de leitores – desqualificados em suas críticas – que respondiam aos seus artigos políticos, inculpando-o por ele, LFV,  ter um pequeno apartamento em Paris, onde eventualmente tomava um bom vinho com Chico Buarque. Como se ambos tivessem obtido alguma coisa, que não tenha sido fruto do seu trabalho digno como artistas e escritores, que são. Era o espírito de Geddel – incorporado em algum leitor seleto – que já pairava soberano sobre os critérios de custos que o cortador de cabeças iria implementar mais tarde. E o mais tarde chegou. Para o luto de quem buscava inteligência e humor, nas páginas de Zero Hora..

Tarso Genro não sabe nada e nem entendeu nada.

LFV continuará escrevendo em Zero Hora, mas por intermédio da Agência Estadão, portanto com custos muito menores. 

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