Na política, a expressão “lua de mel” caracteriza o
período imediatamente após a eleição de um governante, momento em que as
expectativas do eleitorado, mesmo da fatia que não votou no eleito, focam-se no
desejo de que o governo dê certo, pois isso viria em benefício de todos. Assim,
o eleito ganha um “crédito” para tomar as medidas sem ser cobrado por
resultados imediatos, permanecendo um tempo em “estado de observação”.
A duração desse clima varia conforme a capacidade de o governante
acertar, produzindo resultados positivos que correspondam à expectativa gerada.
Se errar encurta ou interrompe a lua de mel e começa a sofrer adversidades
políticas. No caso de Temer, fatais. Daí o título: Lua de Mel de Motel.
As circunstâncias que limitam de forma extrema a latitude
e o tempo de Temer para agir sem espaço para errar são de natureza política e
econômica.
Do ponto de vista político é inescapável constatar que o
PMDB é sócio do desastre produzido pelo PT. Além disso, Temer, vice de Dilma,
tem o nome citado em delações da lava jato e herda significativas
desconfianças. Inevitável desconhecer, também, o processo que tramita no TSE
contra a chapa Dilma/Temer, que, se prosperar, terá o poder de abreviar seu já
breve mandato. Pobre Brasil.
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