O Congresso Nacional manteve na madrugada desta quarta parte dos
vetos da presidente Dilma Rousseff a projetos da chamada pauta-bomba, que ao
todo poderiam resultar em gastos extras de R$ 128 bilhões até 2019.
O PMDB, principal Partido da base aliada, mostrou-se mais dócil depois que Dilma prometeu-lhe 5 ministérios.
Por falta de quórum, a sessão foi encerrada às
2h19 desta quarta sem que fosse analisado um dos pontos mais polêmicos, o veto
ao projeto que reajusta o salário dos servidores do Judiciário em 59,5%,
em média, nos próximos quatro anos.
Os governistas queriam votar o tema e manter o veto de
Dilma, mas não conseguiram assegurar o quórum necessário durante a madrugada.
Já a oposição queria derrubá-lo, mas avaliou que não tinha força suficiente
caso o tema fosse de fato à votação. Por isso, esvaziou a sessão.
Entre os vetos de Dilma mantidos por deputados e
senadores está o quebarrou a alternativa ao fator
previdenciário (mecanismo que desestimula aposentadorias precoces) e o que
isenta a cobrança de PIS e Cofins para óleo diesel.
Ao todo, dos 32 vetos em análise, os parlamentares
mantiveram 26 –o fator previdenciário entre eles. Parte da votação foi feita em
bloco e em papel. O resultado exato só deve ser divulgado na manhã desta
quarta. Para que as decisões de Dilma fossem revogadas era preciso o voto de
pelo menos 257 dos 513 deputados e 41 dos 81 senadores.
Além do reajuste dos servidores do Judiciário, não foi
votado o que estende a todos os aposentados a política de valorização do
salário mínimo. Não há data para que seja realizada nova sessão para análise
dos vetos de Dilma.
"Temos condições de manter essa mobilização. Houve
uma demonstração da Câmara de força hoje, isso é inegável", disse Delcídio
do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado, para quem o veto do reajuste do
Judiciário poderá ser mantido.
A oposição ironizou as negociações do governo Dilma para
evitar que suas decisões fossem derrubadas. "Se o PMDB conseguiu os
ministérios da Saúde e Infraestrutura, vamos adiar essa votação por mais 30
dias que eles conseguem o Palácio do Planalto", disse o líder da bancada
do DEM, Mendonça Filho (PE).
A decisão de realizar a sessão de vetos foi tomada pelo
governo durante a tarde desta terça-feira (22) quando líderes da base
governista começaram a indicar que havia uma margem de segurança para que os
vetos fossem mantidos. Até então, o Planalto atuava para que a sessão não fosse
realizada porque, somados, os vetos provocam um impacto de R$ 127,8 bilhões nos
próximos quatro anos.
Diante da disparada do dólar, que superou hoje a barreira
dos R$ 4, o Planalto mudou então de estratégia com o objetivo de sinalizar mais
confiança no reequilíbrio das contas públicas.
A presidente, que pela manhã estava trabalhando para
adiar a sessão do Congresso, entrou em contato com os presidentes do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
e também com líderes para pedir apoio à manutenção dos vetos.
O mais preocupante é o que derruba o reajuste de cerca de
59,5%, nos próximos quatro anos, dos salários dos servidores do Judiciário. O
impacto calculado pelo governo é de R$ 25,7 bilhões até 2018, praticamente o
mesmo valor de corte proposto agora por Dilma para equilibrar as contas
públicas.
3 comentários:
Está mais que provado, tanto aqui como em Brasília, que o PT é o gafanhoto do país, por onde passa, destrói tudo; enquanto o PMDB é a grande prostituta: se vende sem a menor cerimônia!
Tá melhorando editor, agora não mais "compra" é "acerto", será o efeito tirica da serra, que procurou pessoalmente os Deputados para votar a favor do pacote de maldades apresentado na AL e aprovados?
Este Cunha é cobra criada, puta velha!!! Pegou TRES ministérios, a seguir dá um pontapé na bunda da Dilma, o Temer assume e ele Já está com TRES ministérios, esta pode ser a continha dele.
Postar um comentário