A Grécia se prepara para o referendo deste domingo após
uma breve campanha que foi marcada pela polarização. Duas manifestações grandes
de sinais opostos fecharam a campanha ontem no centro de Atenas. Enquanto na
praça Syntagma, o primeiro-ministro Alexis Tsipras pedia aos cidadãos que
dissessem "não" ao "ultimato" e ao "medo", poucas
ruas depois, no antigo estádio olímpico de Atenas, o prefeito independente Yorgos
Kaminis fazia campanha pelo "sim".
Devem votar neste domingo 10,8 milhões de gregos. Para
que o resultado seja considerado válido, as normas exigem uma participação de
pelo menos 40% do eleitorado. Segundo três pesquisas publicadas ontem, o
"sim" e o "não" estão praticamente empatados, com uma
diferença de décimos - ambos rondam os 40%. Além disso, 10% dos gregos se
declararam indecisos. Levando em conta que se trata de um referendo realizado
com os bancos fechados e no meio de um controle de capitais, o governo tomou a
decisão de oferecer preços especiais, tanto em trens como em transportes
marítimos para todos aqueles que precisem viajar até os locais de votação.
Os eleitores dizem ter dificuldade para entender os
termos do referendo. A pergunta a que responderão diz respeito a um documento
que perdeu a validade na última terça-feira, está formulada de modo obscuro,
diz respeito a questões fiscais complexas e foi formulada apenas uma semana
atrás. Por essas razões, pedidos de inconstitucionalidade do referendo foram
levados à Suprema Corte, que no entanto os rejeitou.
Na prática, os gregos traduzem a ida às urnas como uma
decisão sobre sua permanência na zona do euro e no "projeto europeu".
A campanha liderada pelo partido governamental Syriza se
esforça para dizer que a vitória do "não" no referendo não significa
o abandono do euro. A ele se aliam grupos tão ideologicamente opostos quanto a
esquerda extraparlamentar e o partido neonazista Amanhecer Dourado, que
considera necessário "golpear" os membros da União Europeia.
O primeiro-ministro Tsipras afirmou reiteradamente que
não trabalha com a hipótese de abandono do euro. Disse que seu governo chegará
a um acordo com os credores na próxima terça-feira, seja qual for o resultado
da consulta popular - mas que o "não" dará uma posição de força à
Grécia nas negociações com os sócios. Ele foi secundado por seu ministro de
Finanças, Yanis Varoufakis, que afirmou que prepara medidas legais para impedir
um "expulsão do euro" caso esse desfecho chegue a ser pleiteado.
A campanha do "sim", por outro lado, respaldada
pelos principais atores da economia grega, os principais partidos da oposição e
por líderes europeus, se apresentou como a única forma de garantir que a Grécia
continue na zona do euro. "Nos obrigam a votar sem nos dar tempo para
pensar, para debater com calma, com uma pergunta que ninguém pode entender.
Tsipras já não tem com quem discutir na Europa, ninguém acredita nele. Ninguém
nos presenteou com a democracia, a construímos com muito esforço e a protegeremos",
disse Kaminis em meio de aplausos de gregos com a bandeira da União Europeia.
3 comentários:
Os gregos não só deveriam votar contra a permanência da Grécia na zona do euro como o governo deveria fazer a seguir uma proposta de formação de um bloco comunista mundial onde fariam parte a Russia, China, Coréia do Norte, Cuba, Vietname, Laos, Venezuela e com grandes chances do Brasil ser incluído mais tarde, porque a luta contra o capitalismo deve continuar, e o sonho de um mundo melhor não pode morrer jamais!
Manu
DEIXEMOS A GRÉCIA PARA OS GREGOS.
SEJAMOS BRASILEIROS E TOMEMOS ATITUDES AQUI. É AQUI QUE NASCEMOS, CRIAMOS NOSOS FILHOS, NETOS. PRIMEIRO DEVEMOS LAVAR NOSSA PRÓPRIA ROUPA SUJA.
Não vai ganhar, esperem e verão.
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