Braskem diz que contrato de nafta, inclusive para o Pólo do RS, não gerou prejuízos para a Petrobrás

A Braskem informou há pouco ao editor que em petição ao delegado da Polícia Federal, a empesa argumenta que a fórmula de preço de compra da naftta foi pautada por critérios técnicos e econômicos com a Petrobrás.

No caso do Pólo de Triunfo, RS, o governo estadual e a Fiergs ajudaram a empresa a buscar contratos favoráveis para a Braskem, visando viabilizar o complexo petroquímico e atrair novos investidores, como a polonesa Synthos, que dependia do fornecimento para implantar sua fábrica de borracha sintética, R$ 640 milhões, no Estado. . 

Advogados da Braskem protocolaram hoje (quarta-feira, dia 29 de julho) petição endereçada à Polícia Federal confirmando que o contrato de nafta, matéria-prima usada pela indústria química, não gerou prejuízo à Petrobras. A Braskem decidiu fazer a entrega da manifestação de forma voluntária à PF, em Curitiba (PR).

Em sua petição, baseada em 36 anexos produzidos pela Petrobras para a elaboração do relatório interno de apuração dos contratos de matérias-primas entregues à PF, a Companhia concluiu que o modelo de contrato de nafta de 2009 firmado com a Petrobras foi equilibrado.

“O contrato refletia a dinâmica dos mercados e protegia as duas empresas da volatilidade de preços através do piso e teto estabelecidos, o que é comum no mercado mundial de commodities, em especial, petróleo, nafta e produtos petroquímicos”, diz a Braskem, no documento.

De acordo com a petição, a negociação comercial em torno da precificação da nafta foi exaustiva e pautada por critérios técnicos e econômicos, como revelam os trabalhos apresentados nos anexos do relatório da Petrobras.

Segundo a petição, o objetivo da Petrobras e Braskem era “encontrar uma fórmula de precificação de longo prazo, que substituísse o modelo que vinha até então sendo aplicado, considerado anacrônico, pois não era capaz de regular de forma estável o mercado no longo prazo de modo a permitir novos investimentos no setor”. Além disso, “as partes buscavam uma solução que levasse em consideração a dinâmica petroquímica internacional”.


A Braskem argumenta que o suposto prejuízo atribuído ao contrato de nafta decorre, na verdade, da decisão da Petrobras de utilizar a nafta contratada pela indústria petroquímica para aumentar a produção de gasolina e atender, assim, ao aumento do seu consumo no Brasil. O congelamento de preço da gasolina gerou um crescimento de consumo de aproximadamente 70% no período de 2010 e 2014, levando a Petrobras a passar de exportadora de gasolina a importadora. 

Um comentário:

Anônimo disse...

Ufa...! Que alivio...
Eu já estava achando que a Petrobrás estava perdendo dinheiro com a Brasken

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