O superfaturamento em obras da Petrobras pode chegar a R$
3 bilhões, segundo o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro
João Augusto Nardes. O valor inclui o prejuízo apurado na compra da refinaria
de Pasadena, nos Estados Unidos, e perdas em empreendimentos, como o Complexo
Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e as refinarias Abreu e Lima, em
Pernambuco; Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro; e Presidente Getulio
Vargas (Repar), no Paraná.
. Segundo Nardes, o caso Petrobras é “o maior escândalo
da história do TCU” devido aos altos valores envolvidos. No entanto, as
auditorias em obras da estatal estão travadas devido a 19 liminares concedidas
à empresa pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Há 15 dias, Nardes se reuniu com
o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, para tratar do assunto.
Nesta semana, ele pretende entregar a cada integrante do Supremo documento em
que pede agilidade no julgamento desses casos. Ontem, ele esteve com o ministro
Gilmar Mendes, que se disse favorável ao rápido exame dos processos.
. O ponto central da discussão é o Decreto n° 2.745, de
1998, que permite à Petrobras adquirir produtos e contratar serviços mediante
procedimentos simplificados — “de uma forma mais flexível”, salientou o
presidente do TCU. No entendimento da Corte de Contas, a forma como as
contratações são feitas é inconstitucional, já que não obedece ao que dispõe o
artigo 173 da Carta Magna e à Lei n° 8.666, que regulamenta as licitações no
setor público.
2 comentários:
Tempos atrás, o editor manifestou-se contra a própria existência dos Tribunais de Contas. Continua pensando assim?
Excalibur - "O mal dos homens é esquecer!"
Políbio, o brasileiro não confia na justiça do país. A pesquisa da FGV diz isso. E tem razão. Sardinhas vão presas, tubarão não.
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