Darcy F.C. dos Santos demonstra de que modo o governo estadual devora suas próprias entranhas

No artigo "Empréstimo para financiar custeio", publicado hoje no Jornal do Comércio de Porto Alegre, o economista Darcy Francisco Carvalho dos Santos demonstra de que modo o atual governo gaúcho come a própria carne ao tomar empréstimos para pagar custeio (suas despesas correntes). Ele devora as próprias entranhas. Leia:

O governo do Estado está devendo uma explicação ao povo gaúcho sobre a finalidade do empréstimo “jumbo”, de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 2,3 bilhões), referido na reunião-almoço da Federasul e reafirmado em debate televisivo. A Constituição brasileira veda a aplicação de  recursos de empréstimos em despesas correntes. Por isso é que essa prática não ocorre no Rio Grande do Sul desde 1988. Como sua obtenção depende da aprovação do acordo da dívida, prevista para novembro, o tempo que restará até o final do ano não permitirá a execução de investimentos, que dependem de licitações. Assim, seu destino será o financiamento do custeio. Contabilmente será destinado à amortização da dívida, que é classificada como despesa de capital,  para fugir da vedação constitucional. O empréstimo em causa cobrirá a insuficiência de caixa do corrente exercício, para cujo fechamento faltará mais de R$ 1,5 bilhão. Segundo o Tribunal de Contas, dos mais de R$ 5 bilhões de depósitos judiciais sacados no ano passado, restaram para 2014 R$ 2,1 bilhões, que, somados aos novos saques, produzem um montante de R$ 2,5 bilhões, insuficientes para custear um déficit estimado em mais de R$ 4 bilhões.

Por isso é que o governo está tão interessado na alteração do acordo da dívida com a União, que terá como finalidade abrir espaço fiscal para que essa operação se concretize. A questão que fica em aberto é a seguinte: Se o governo precisou de todos esses recursos extras (depósitos judiciais, caixa único e empréstimos) para fechar as contas no atual exercício, como será no período governamental seguinte, quando os déficits serão maiores e essas fontes estarão esgotadas, inclusive, o limite de endividamento? Um grande crescimento do PIB, que poderia contribuir para o crescimento da receita,  não deve ocorrer. Se a despesa com a dívida já é tão grande, vamos aumentá-la ainda mais para financiar despesas de custeio?

2 comentários:

Anônimo disse...

Escritos ao vento:
Não vai mudar em nada a situação das finanças estaduais.Se a Ana Amélia vencer a eleição será 04 anos de miséria e penúria financeira e 24 horas diárias de pauleira do PT e seus satélites que não admitem ficar sem grana e poder.Aqui no RS ninguém que esta recebendo salários do governo estadual se preocupa na real em melhorar os serviços em trabalhar , produtividade,vontade, dedicação,mas somente em preservar o seu botim, ai a cada 04 anos temos uma guerra por cargos,os servidores tão nem ai só fazem terrorismo exigindo cada vez mais aquilo que o povo contribuinte não suporta mais pagar através dos impostos escorchantes.Segundo o Darcy o RS já consome 70% da arrecadação liquida somente com salários de servidores ativos e inativos.
O Estado faliu, tem 364 mil servidores que todos os meses querem cada vez mais grana, portanto os 10 milhões de contribuintes riograndenses tem de se acostumar, paga em não bufa...
Ai vem toda lamuria do servidor:não queiram retirar nossas conquistas e mordomias, vocês da iniciativa privada devem lutar pela mesma igualdade, mesmo sendo impossível, façam concurso vamos nos transformar todos em servidores.
Pode? aqui pode tudo.....

Antonio- Caxias do Sul

Anônimo disse...

Socialistas são gafanhotos, por onde passam deixam um rastro de destruição. Não sabem plantar nada, eles conseguem no máximo recolher os frutos que caem das árvores.

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