CPI: imprecisões e ócio da mídia permitem ao PT vender seu peixe contra a Procempa

O depoimento de ontem do servidor de carreira da Procempa, a estatal municipal de TI de Porto Alegre,  José Mauro Macedo Correa,  foi impreciso, mas a mídia de Porto Alegre não percebeu isto. Poucos jornalistas acompanharam a sessão integral da CPI instalada na Câmara de Vereadores de Porto Alegre.

. O funcionário que prestou depoimento, José Mauro, lotado no departamento financeiro da empresa há 36 anos, por 28 vezes respondeu de forma evasiva ou negativa as perguntas dos parlamentares que o indagavam sobre a situação da companhia responsável pelo processamento de dados da Prefeitura de Porto Alegre. 

. Frases do tipo “eu não posso atestar isso”, “fica difícil provar certas coisas porque eu não teria como”, “são supostas irregularidades”, “são suposições, simplesmente suposições”, “conta a lenda” e “dizem que isso acontecia” marcaram o testemunho do economista. Também não sustentou o prejuízo de R$ 50 milhões, cuja autoria da estimativa foi atribuída a ele durante a sessão. Sem provas, limitou-se a afirmar que “em oito anos de desmando foram muitos milhões”. A sessão durou aproximadamente duas horas e ocorreu na manhã de quarta-feira.

. Sobre a Procempa ter sido usada para pagar despesas da prefeitura através de repasses extracota da Secretaria Municipal da Fazenda, conforme questionou o vereador petista Mauro Pinheiro, presidente da CPI, Correa respondeu: “Eu não vou fazer essa afirmativa, porque na verdade eu não participava dessa negociação. Eu tinha conhecimento porque estou dentro da área financeira e estou vendo que vinha dinheiro para a Procempa fazer pagamentos para empresas que não tinham relação, pelo menos aparente, com a atividade fim da Procempa. Mais do que isso eu não posso falar, nem poderia. Não poderia provar.”

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6 comentários:

Anônimo disse...

Quanta bobagem. Esse Pujol não se emenda mesmo, e o editor ainda dá trela. Quer prova maior do que o dinheiro voando pela janela?

Anônimo disse...

FORTUNATI COLOCA UM XERIFE PARA ACOMPANHAR A CPI DA PROCEMPA
O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), deu ordem a seu vice, Sebastião Melo, do PMDB, para acampar na Câmara Municipal a partir de quarta-feira e atuar como um xerife, fiscalizando de cima a atuação dos vereadores na CPI da Procempa, que investigará desvios e falcatruas na Procempa que, especula-se, poderiam chegar a 50 milhões de reais. Ex-diretores da estatal, certamente, serão intimados a depor. Para alguns, com toda certeza, será perguntado se fizeram delação premiada com o Ministério Público. Como terão compromisso com a verdade ao depor, será curioso observar seus depoimentos. Um dos vereadores que estará sob a vigilância estreita do xerife de José Fortunati será a vereador Lourdes Sprenger, do PMDB. Ela foi um das signatárias do requerimento de convocação da CPI. Lourdes Sprenger, a "Malu", é auditora de carreira (ela trabalhou na CEEE nesta função, de onde saiu pelo PDV durante o governo de Antonio Brito). Lourdes Sprenger é desafeta da mulher do prefeito José Fortunati, Regina Becker. Ambas se desentenderam no primeiro governo de Fortunati. Ambas atuam no setor de defesa dos animais. Por conta dessa desavença, o marido de Lourdes Sprenger, o engenheiro Marcelo Neubauer da Costa, foi escorraçado da prefeitura. Ele atuava na secretaria de Cezar Busato e era encarregado de cuidar da implantação e desenvolvimento do sistema 156. (Vide Versus - Vitor Vieira)

Anônimo disse...

O vereador petista Mauro Pinheiro, presidente da CPI da Procempa, na Câmara Municipal de Porto Alegre, disse nesta quinta-feira que documentos tornados públicos aproximam o governo de José Fortunati (PDT) dos fatos investigados pela comissão. Os vereadores ouviram depoimento de Lafaiete Everardi dos Santos, funcionário da Procempa, na qual foi gerente de operações durante 18 anos. O fato de Lafaiete também ter sido presidente da Associação de Funcionários da Procempa (AFP) por três vezes, de 2004 a 2010, reforçou a necessidade de ouvi-lo, já que um dos focos das irregularidades sob investigação são as relações da direção da estatal com a entidade dos funcionários. Após a sessão, o vereador Mauro Pinheiro (PT), presidente da CPI, afirmou que está muito clara uma das maneiras como se dava o desvio de recursos públicos na Procempa: “A AFP pagava contas da prefeitura e era ressarcida pela Procempa”. Como o próprio depoente confirmou, havia um contrato da Procempa com a AFP por meio do qual esta entidade patrocinava eventos, festas e aquisições diversas, e era reembolsada pela estatal. Assim, bens ou serviços eram pagos com dinheiro público sem necessidade de processo licitatório, denunciou Pinheiro. Alguns casos dos quais Pinheiro pediu explicações provocaram sinais de desconforto entre vereadores da base governista. Um deles foi o pagamento pela AFP de R$ 5.292,00 para a confecção de 63 roupões que seriam ofertados como brinde na promoção chamada “Viagem Surpresa”. O solicitante era José Mauro dos Santos Peixoto, chefe de gabinete do prefeito José Fortunati. Sua convocação para depor já havia sido aprovada pela CPI. Mensagem eletrônica encaminhada à AFP, em 2012, quando já era presidida por Ayrton Gomes Fernandes (então diretor administrativo da Procempa), solicita a confecção de “Camisetas Natal Bem Legal”. A mensagem é enviada por funcionário da Secretaria Especial dos Direitos dos Animais (Seda), a pedido de assessora “do Gabinete da Primeira Dama”. Às sucessivas indagações, Lafaiete limitou-se a responder que o contrato previa estes pagamentos, acrescentando que a AFP confiava na legalidade das solicitações, pois estariam embasadas em parecer da assessoria jurídica da Procempa. A relação da Procempa com a empresa Pillatel, que instalou redes de fibra ótica para a estatal foi tratada pela vereadora Fernanda Melchionna (Psol). De acordo com Luiz Carlos Pachaly, analista de telecomunicações da Procempa, que depôs em setembro, constatou-se o desvio de R$ 2,7 milhões entre outubro de 2012 e fevereiro de 2013 a partir da descoberta de notas fiscais frias. Indagado pela vereadora se algum parente seu trabalhou na Pillatel, Lafaiete admitiu que um cunhado trabalhou na empresa.
(Vide Versus, Vitor Vieira, 24/10/2013)

Anônimo disse...

O pessoal da PROCEMPA vai experimentar o que é "domínio do fato" assim como aconteceu com o Mensalão. Provar par que? Já são culpados.

Anônimo disse...

Na verdade o dinheiro não foi pela janela. Isto é lenda.
O quadrilheiro atirou o dinheiro que estava num saco plástico numa cesta de lixo que está em baixo de uma mesa, porém o policial só está de olho no falcratua e deu voz de prisão no momento.

Anônimo disse...

O Vereador governista Pujol quer provas? É só examinar os extratos bancários para ficar apavorado.

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