As críticas são muitas: falta de estrutura das escolas e
de orientação aos professores, redução da carga horária de componentes
curriculares como matemática e uma interdisciplinaridade que não funciona. Além
de um sistema de avaliação confuso, cujo objetivo é melhorar "na marra"
as taxas de aprovação do ensino médio sem a garantia da aprendizagem adequada.
Aliás, parece cada vez mais claro que um dos principais
objetivos do governo Tarso é melhorar a qualquer preço o Ideb do ensino médio
das escolas estaduais. Como o Ideb é calculado pelo MEC com base nas taxas de
aprovação e nos resultados da avaliação externa do desempenho dos alunos, é
possível melhorá-lo com mais aprovação mesmo que não igual aprendizagem. Se,
por um lado, não é adequada e aceitável a reprovação no ensino médio gaúcho,
não é forçando os professores a aprovarem os alunos que vai ser resolvido o
problema da qualidade da educação. Quem duvida que o "pragmatismo
petista" tenha o objetivo de melhorar o Ideb em 2013 a fim de
"capitalizar" esses resultados nas eleições de 2014?
Mas não foi por falta de aviso que essa reforma está
fadada ao fracasso. Além do Cpers, que se manifesta sempre contra qualquer
mudança na educação, professores da base da categoria e até mesmo
"aliados" do governo na Assembleia Legislativa, como os deputados
Heitor Schuch (PSB), Juliana Brizola (PDT), Marisa Formolo e Ana Afonso (ambas
do PT) ainda em 2011 solicitaram mais tempo, debate e preparação das escolas
para implantação da proposta.
Lembre-se que, na conferência estadual sobre o ensino
médio realizada em 2011, os participantes foram orientados de que suas
contribuições não poderiam ser contraditórias com a proposta de reforma do
ensino médio da Secretaria da Educação. Não é, pois, de estranhar que hoje o
apelido Ensino Médio Politécnico seja "politreco", como divulga a
imprensa.
5 comentários:
Na educação desta republiqueta bananeira, vira e mexe as oligarquias feudais que não querem que o país evolua alteram a grade curricular do ensino fundamental e médio, sempre para pior.
Inventam matérias que só tiram espaço do que é mais essencial na formação de qualquer aluno : MATEMÁTICA E PORTUGUÊS.
O resto das matérias é só pra encher linguiça !!!
PREZADO
CUIDADO...O CONHECIMENTO NÃO SE RESUME APENAS NA LINGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA CARO ANONIMO.
LUIZ
Vão transformar o ensino em fachada como virou o ensino técnico nas antigas escolas técnicas federais.
Anônimo das 11:30 : em países avançados como Coréia do Sul e Alemanha, a matemática e a língua oficial do país ocupam quase 50% da grade horária, e é isso o que os diferencia em termos de crescimento e domínio tecnológico.
Aqui no Brasil, formamos engenheiros e advogados que mal sabem escrever e calcular, por culpa das deficiências do ensino fundamental e médio.
De que adianta meu filho saber desenhar ( educação artística ) e saber diferenciar as mitocôndrias ou os núcleos do átomo se o mercado de trabalho exige tão somente bom domínio da escrita e do cálculo matemático ?
Mais uma vez dou exemplo de São Paulo,FATECs e ETEcs preparam alunos do ensino médio para o mercado de trabalho.Mais um exemplo para o Brasil.Fatec,Faculdade de Tecnologia.
ETC Escola de Tecnologia.
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